O que esperar dos mercados após tensões entre Israel e Irã?
A escalada do conflito entre Irã e Israel no último sábado trouxe uma dose extra de preocupação aos mercados, que já vinham de dias difíceis com a perspectiva de juros americanos mais altos por mais tempo.
Primeiramente, analistas viam uma fuga para ativos seguros, como Treasuries, ouro e dólar, juntamente com nova queda de ações. No entanto, as perspectivas amenizaram após Israel afirmar que não iria revidar imediatamente.
Por outro lado, é maior o consenso de que o preço do petróleo deverá ganhar mais prêmio de risco e investidores irão pesar o risco de um contra-ataque na região, com olhos atentos ao petróleo como um guia sobre como operar.
O Brent já subiu quase 20% este ano e é negociado acima de US$ 90 o barril. O Grupo Vitol, o maior comerciante de petróleo do mundo, disse que o crescimento da procura deverá superar a maioria das previsões este ano.
Já as bolsas podem se beneficiar por terem estado fechadas na fase mais aguda do conflito, o que pode minimizar as perdas. O Bitcoin caiu quase 9% após os ataques de sábado, mas se recuperou no domingo.
O ataque do Irã contra Israel deve provocar, no curto prazo, uma valorização do dólar, tendo como consequências um espaço menor para cortes de juros nos EUA e Brasil, avaliou o economista André Perfeito.
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