Luiz Fux  

conheça a trajetória do ministro “imprevisível” do STF

Nascido em 26 de abril de 1953, no Rio de Janeiro, Luiz Fux é filho de Lucy Fux e Mendel Wolf Fux, imigrantes romenos de origem judaica que chegaram ao Brasil logo após a Segunda Guerra Mundial.

Formou-se em Direito em 1976 pela Universidade do Estado da Guanabara (hoje UERJ) e concluiu doutorado em Direito Processual Civil na mesma instituição, onde passou a lecionar em 1995. É casado com Eliane Fux e tem dois filhos.

Meu pai era técnico em contabilidade e lutava com muita dificuldade para manter os filhos. Minha mãe era do lar, como eram as mulheres de antigamente. A minha primeira grande chance foi quando passei para o Colégio Pedro II, que tinha um ensino muito qualificado.

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Luiz Fux, Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, em sua biografia

Antes de ingressar na magistratura, Fux advogou para a Shell Brasil e atuou como promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro entre 1979 e 1982.

Em 1983, foi aprovado em primeiro lugar no concurso para juiz de direito. Em 1997, tornou-se desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após atuar em diversas comarcas do estado.

Sua projeção nacional veio em 2001, quando foi indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No STJ, Fux conciliava rigor técnico com sensibilidade social, buscando explicar suas decisões em linguagem acessível. Defendia que processos existem para atender pessoas, e não apenas para cumprir formalidades.

Em 2011, foi indicado ao STF pela presidente Dilma Rousseff, assumindo a vaga de Eros Grau. Na sabatina, obteve uma das maiores margens de aprovação da história da Corte: 68 votos a favor e apenas 2 contra.

Sua postura é ambígua em alguns temas: é progressista em questões relacionadas à liberdade de expressão, mas conservador em temas penais. Por exemplo, votou contra a descriminalização do porte de drogas, mesmo após apoiar marchas da maconha.

No STF, Fux se destacou no combate à corrupção, atuando em casos como Mensalão e Lava Jato. Defendeu a prisão após condenação em segunda instância, mas depois mudou de posição. Fux integra a Primeira Turma do STF, responsável pelo julgamento de Jair Bolsonaro

A política fala. O InfoMoney traduz