Vale produz 83,9 milhões de toneladas de minério de ferro no 3º tri

Produção aumentou 4,2% frente ao segundo trimestre de 2012, mas cai 4,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A Vale (VALE3, VALE5) anunciou nesta quarta-feira (17) que a produção de minério de ferro alcançou 83,9 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2012. 

De acordo com a nota, a empresa apresentou um sólido desempenho operacional, enfrentando, com sucesso, um ambiente desafiador, graças à flexibilização operacional e à riqueza de recursos minerais.

A produção aumentou 4,2% frente ao segundo trimestre de 2012, mas mostrou queda de 4,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. “O ramp-up (crescimento orgânico) de Moatize e Bayóvar contribuiu para recordes de produção trimestrais de carvão metalúrgico, de 1,2 milhão de tonelada, e rocha fosfática, de 2,1 milhões de toleladas”, destaca a empresa em nota.

Continua depois da publicidade

Direcionamento da produção de minério para oferta de sinter feed
A companhia informou que está direcionando uma parcela adicional da produção de minério de ferro para a ampliação da oferta de sinter feed, reduzindo, consequentemente, a oferta de pellet feed. “Esta decisão está alinhada ao comportamento cíclico da demanda da indústria do aço por matérias-primas, que aumenta o consumo de sinter feed e diminui a utilização de pelotas de alto forno nesta fase do ciclo”, esclarece.

Segundo a Vale, a desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, em particular, a produção industrial enfraqueceram a demanda por aço, estimulando uma mudança cíclica no seu consumo por matérias-primas essenciais e implicando na redução do prêmio pela qualidade superior do seu minério de ferro e substituição parcial do uso de pelotas de alto-forno por sinter feed.

Desempenho fraco em Carajás
A Vale ressalta que não conseguiu manter a mesma performance do ano passado em Carajás. No período, a produção foi de 27,6 milhões de toneladas, ligeiramente acima do registrado no trimestre anterior, porém 10,5% abaixo do mesmo período de 2011. “Problemas relacionados ao licenciamento ambiental levaram-nos a persistir na mineração de cavas mais antigas, o que resultou em menor produtividade, menor teor de minério de ferro e custos mais elevados”, explica a companhia.

A empresa ainda ressalta que o desempenho atual não é consistente com a alta qualidade dos ativos e, sendo assim, medidas corretivas estão sendo implementadas.

Porém, a mineradora salienta um aumento significativo no número de licenças obtidas – 52 até o final de setembro – mais do que o dobro do ano passado. Dentre elas, as mais importantes foram a licença prévia para o projeto Serra Sul S11D e a licença de operação para a mina N5 Sul.