Investidores perdiam o sono por causa dessa ação, mas hoje dormem tranquilos

Tempur Sealy, fabricante de colchões, tem investimento da STK e da Dynamo. Entenda a tese.

Renato Santiago

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Uma empresa que vinha tirando o sono dos investidores, mas conseguiu acordar de um pesadelo e permitir que seus acionistas dormissem tranquilos. Esse é o caso da Tempur Sealy, tema do Coffee & Stocks Global desta terça-feira, com Andre Gadelha, da STK. 

Diferentemente da maioria das ações analisadas quando o assunto são papéis internacionais, a Tempur Sealy não é uma grande empresa de tecnologia, nem uma plataforma de serviços trazendo disrupção a um mercado. Trata-se de uma fabricante de colchões. “Isso dá ideia da profundidade do mercado de ações americano”, diz Gadelha.

É verdade que a companhia tem como um dos diferenciais, segundo Gadelha, a posse da verdadeira tecnologia da Nasa em espuma, batizada de Tempur. Mas o grande mérito da empresa, segundo o gestor da STK, está na qualidade da operação. Junto à STK, a Dynamo também investe na empresa. 

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Abaixo os principais trechos da conversa.

Nascimento e renascimento

Tempur e Sealy se uniram em 2012 prometendo muita sinergia, mas os resultados demoraram para chegar. Em 2015, depois de uma campanha ativista de investidores, o atual CEO, Scott Thompson, assumiu e a companhia despertou. Logo depois, no entanto, uma disputa com o maior varejista do setor nos Estados Unidos, a Mattress Firm, diminuiu e muito a distribuição dos produtos da companhia, que precisou reinventar seus processos de vendas. 

O processo foi ruim em vendas para todos e virou um case sobre a importância do produto e a distribuição em uma operação como essa. Por outro lado, a Tempur conseguiu fazer suas lojas próprias e e-commerce decolarem. 

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Momento

As duas empresas chegaram a um acordo e hoje a Tempur Sealy está em seu melhor momento. A companhia tem garantida a melhor distribuição e ainda se beneficia de um efeito colateral da pandemia: o aumento da preocupação com os cuidados pessoais e com a casa. No começo da pandemia, as vendas sofreram muito, inclusive por que parte de sua matéria-prima foi desviada para a produção de materiais de saúde. 

Hoje a ação vale cerca de US$ 38, mas acreditamos que o mercado ainda não viu todo o potencial do papel. A ação não é coberta por muita gente. Hoje apenas o UBS, que, aliás, acaba de aumentar o preço-alvo de US$ 40 para US$ 48, e outras casas menores cobrem o papel. O mercado ainda está cético, mas acreditamos que o papel deve mudar de patamar de múltiplos (hoje o preço do papel está em 15 vezes o lucro). 

Para ouvir a conversa completa, clique no play.

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Renato Santiago

Renato Santiago é jornalista, coordenador de conteúdo e educação do InfoMoney