“Vou fazer o possível para ajudar”, diz Serra à Folha sobre um eventual governo Temer

Segundo ele, ninguém mais acredita que Dilma Rousseff tenha condições de tocar um programa de recuperação do país, que, segundo ele, para ser levado a sério, exigiria "união nacional"

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Tido como uma das figuras centrais na articulação política para angariar uma base de apoio em um eventual governo de Michel Temer (PMDB-SP), o senador José Serra (PSDB-SP) concedeu entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em que voltou a defender a alternativa do vice chegar ao poder caso Dilma Rousseff seja afastada do cargo. 

“Creio que se o destino exigir dele a tarefa de presidir o Brasil, ele estará à altura. Vai dar tudo de si”, afirmou ao jornal. “Vou fazer o possível para ajudar”.

Porém, ao ser perguntado se cogita participar de um eventual governo Temer, assumindo ministério, ele afirmou: “essa questão não está posta. Mesmo. Mas se o governo cair, todo mundo vai ter que dar a sua parcela de contribuição para tirar o país do atoleiro. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar”. 

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Ele ainda vai contra a corrente da maior parte da oposição que pretende esticar a discussão sobre o afastamento, aproveitando o recesso para ampliar o desgaste do governo. “Temos que ter a responsabilidade de concluir esse processo o mais rápido possível”, afirmou. “Começou, agora precisa ter fim”.

Segundo ele, ninguém mais acredita que Dilma Rousseff tenha condições de tocar um programa de recuperação do país, que, segundo ele, para ser levado a sério, exigiria “união nacional”.

Serra disse que não vê possibilidade de trauma para o País e que, se derrotar a tese do impeachment, a petista pode até sair maior desse processo. “O Brasil já viveu um impeachment, o do [Fernando] Collor. E qual foi o trauma?. Olhando para trás, entre Collor e o Real, o que você escolheria?” 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.