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SÃO PAULO – O comitê de campanha de Dilma Rousseff (PT) deve seguir em sua estratégia em questionar a candidata Marina Silva (PSB). De acordo com informações da Folha de S. Paulo pedirá que o MPE (Ministério Público Eleitoral) abra uma investigação para apurar eventual omissão de Marina sobre os ganhos que obteve com palestras proferidas a diversas instituições, entre elas bancos, empresas e seguradoras.
Segundo revelado pela Folha, a empresa de Marina faturou R$ 1,6 milhão desde que foi criada, há cerca de três anos. E, segundo a campanha petista, o patrimônio declarado por Marina Silva ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não parece compatível com os seus rendimentos brutos, levando em conta o faturamento de sua companhia, da qual ela aparece como única dona.
Os rendimentos da empresa de Marina aumentaram ano a ano, passando de R$ 427,5 mil em 2011 para R$ 584,1 mil no ano passado. Em 2014, foi assinado apenas um contrato para palestras em 4 países da América do Sul no valor de R$ 132 mil. Este valor é um pouco menos do valor estimado por Marina como seu patrimônio pessoal total, de R$ 135 mil. Em 2010, ela estimou o valor dos seus bens em R$ 149 mil.
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Marina diz que assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas de março de 2011 a maio deste ano, feito através de uma empresa com as suas iniciais. O faturamento bruto da empresa de Marina lhe rendeu, em média, R$ 41 mil mensais, mais que o dobro dos R$ 16,5 mil que Marina recebia como senadora no fim do seu mandato em 2010, ressalta o jornal.
Para assessores da presidente, a omissão patrimonial de Marina faz parte de uma estratégia eleitoral, com objetivo de trair a fé pública durante a corrida presidencial.