Veja responde após Dilma chamar matéria de capa da revista de “barbaridade”

A revista publicou nota com o que eles consideram ser 6 "correções e considerações", consideradas para a revista, essenciais

Marina Neves

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SÃO PAULO – A revista Veja respondeu nesta sexta-feira (24) a presidente Dilma Rousseff (PT), que dedicou parte do seu horário eleitoral para criticar a publicação da matéria de capa da edição atual da revista, que dizia que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras (PETR3;PETR4).

Em vídeo, a candidata à reeleição afirmou que a revista vai fracassar em seu intento de mudar o rumo das eleições. “A revista Veja comete barbaridade, infâmia e crime”. Ela afirmou ainda que, antes, a publicação insinua que ela era omissa em relação às denúncias de corrupção, “o que já seria absurdo”. “A Veja faz campanha sistemática contra mim e contra Lula”, afirmou e disse que a “justiça livre vai condenar a Veja por este crime”.

Hoje o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido da presidente de retirada da reportagem publicada na página do Facebook da revista Veja, segundo a qual a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula são citados em um depoimento do doleiro Alberto Youssef. O pedido foi feito pela coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidatura de Dilma à reeleição.

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Na representação, a coligação de Dilma acusa Veja de ter antecipado sua edição para sexta-feira para “tentar afetar a lisura do pleito eleitoral”. A representação diz ainda: “a matéria absurda de capa […] imputa crime de responsabilidade à candidata Representante (…) e a mensagem ofensiva da capa da revista tem por objetivo bem delineado: agredir a imagem da candidata Representante”. 

Para negar o pedido o ministro Admar Gonzaga alegou que o artigo da lei eleitoral citado na representação (Artigo 57-D, Parágrafo 3º, da Lei das Eleições) para pedir a retirada do ar não está em vigor nas eleições deste ano. Com isso, a representação foi arquivada, sem julgamento sobre o conteúdo.

Após toda a confusão, a revista Veja publicou nota com o que eles consideram ser 6 “correções e considerações”, consideradas para a revista, essenciais. Entre eles estão pontos como a antecipação da publicação da revista, que de acordo com eles “não é exceção”, já que “em quatro das últimas cinco eleições presidenciais”, a Veja antecipou a publicação.

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Além disso, a publicação também conta que a apuração dos fatos começou na terça-feira, mas só se findou na quinta, além de cutucar a presidente falando que ela “centrou suas críticas no mensageiro”, quando o problema, de acordo com eles, está no governo da Petrobras.

A publicação coloca que os fatos teriam ocorrido antes ou depois das eleições, “desmentindo” a tentativa de afetar o pleito eleitoral. Por fim, a Veja acrescenta que “reconhece que a presidente Dilma é, como ela disse, “uma defensora intransigente da liberdade de imprensa” e espera que essa sua qualidade de estadista não seja abalada quando aquela liberdade permite a revelação de fatos que lhe possam ser pessoal ou eleitoralmente prejudiciais”. Para ver a íntegra da publicação, clique aqui.

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