Equipe de transição de Lula tem 290 indicados sob coordenação de Geraldo Alckmin; veja lista completa

Desde 8 de novembro, quando assinou a portaria que instalou o gabinete de transição, Alckmin já anunciou integrantes de 31 grupos técnicos

Marcos Mortari

Geraldo Alckmin ao lado de Lula em pré-lançamento de campanha em São Paulo (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

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O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), designado coordenador do grupo de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já anunciou 290 nomes para compor a equipe de passagem de bastão após a vitória nas urnas, sobre Jair Bolsonaro (PL), em 30 de outubro.

Desde o dia 8 de novembro, quando assinou a portaria que instalou o gabinete de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, Alckmin já anunciou integrantes de 30 grupos técnicos, além dos nomes dos coordenadores da transição.

Os grupos técnicos estão sob a coordenação do ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), que foi o responsável pela organização do programa de governo da chapa Lula-Alckmin nestas eleições e que preside a Fundação Perseu Abramo.

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Leia também: Como funciona o governo de transição?

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, é responsável pela coordenação de articulação política. Já o ex-deputado Floriano Pesaro (PSB), histórico aliado do vice-presidente eleito, é o coordenador executivo do grupo de transição.

O conselho político conta com representantes de todos os partidos que apoiaram a candidatura de Lula, seja integrando formalmente a coligação (casos de PT, PCdoB, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Pros, Avante e Agir), seja embarcando na campanha no primeiro ou segundo turnos ou mesmo legendas que se alinharam ao novo governo somente após o resultado das urnas (casos de PSD e MDB).

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Nos grupos técnicos, André Lara Resende e Pérsio Arida, pais do Plano Real, se juntarão a Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, e a Guilherme Mello, professor da Unicamp e integrante da Fundação Perseu Abramo, para comandar a área econômica.

A área de planejamento, orçamento e gestão terá Antonio Corrêa de Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia; o deputado federal Enio Verri (PT-PR); Esther Dweck, ex-secretária do Orçamento Federal e professora da UFRJ.

Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda da história do país e que também comandou o Ministério do Planejamento no governo Lula, chegou a ser convidado a participar do grupo técnico como voluntário, mas renunciou à posição uma semana após ser anunciado. Em carta a Alckmin, ele acusou adversários políticos de tentarem “tumultuar” o processo de transição de governo.

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O grupo focado em indústria, comércio e serviços será formado por Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul; Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea; o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM); e Rafael Lucchesi, diretor-geral do Sesi Nacional e diretor-superintendente do Senai.

Já a equipe especializada em pequenas empresas será coordenada pelo deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ), presidente da Assembleia Legislativa do Rio; Paulo Feldmann, professor da USP; Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e presidente do Instituto Lula; e Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária.

O grupo de infraestrutura tem nomes como o do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), da ex-ministra Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão) e do economista Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator e uma das principais interfaces de Lula com o mercado financeiro durante a campanha.

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Terceira colocada nas eleições presidenciais, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) comanda a área de assistência social, ao lado do deputado estadual André Quintão (PT-MG) e de Márcia Lopes e Tereza Campello, as duas ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Já Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal eleito, e o ex-governador paulista Márcio França (PSB), que apoiaram o petista desde o primeiro turno, ficaram com a área de cidades e habitação, ao lado de mais nove membros, entre eles a ex-ministra Inês Magalhães e os prefeitos João Campos (PSB-PE), de Recife, e José Filippi (PT-SP), de Diadema.

A legislação que trata do processo de transição (Lei nº 10.609, de 20 de dezembro de 2002) prevê apenas 50 vagas para cargos comissionados no processo. Isso significa que a maioria dos anunciados para os trabalhos atuarão como voluntários, sem receber salário.

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Confira todos os nomes anunciados:

Coordenação

Coordenação executiva

Coordenação de articulação política

Assessoria especial

Coordenação de grupos técnicos

Coordenação de organização da posse

Conselho político de transição

GRUPOS TÉCNICOS

Agricultura, pecuária e abastecimento

Cidades

Ciência, Tecnologia e Inovação

Comunicações

Comunicação social

Cultura

Desenvolvimento Agrário

Desenvolvimento Regional

Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Direitos Humanos

– Subgrupo da Infância

Economia

Educação

Esporte

* A ex-jogadora de vôlei de praia Isabel Salgado morreu na madrugada desta quarta-feira (16), dois dias após ser indicada para participar do grupo de transição, aos 62 anos. Na terça, ela havia sido diagnosticada com uma bactéria no pulmão.

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Igualdade Racial

Indústria, Comércio e Serviços

– subgrupo das Pequenas Empresas

Infraestrutura

Justiça e Segurança Pública

Juventude

Meio Ambiente

Minas e Energia

Mulheres

Pesca

Planejamento, Orçamento e Gestão*

* Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, renunciou à posição de voluntário da equipe de transição, na última quinta-feira (19), em meio a ataques de adversários.

Povos Originários

Previdência Social

Relações Exteriores

Saúde

Trabalho

Transparência, Integridade e Controle

Turismo

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.