Tucanos dão prazo para governo Temer recuperar a economia e já falam em eleição de FHC

Em uma tentativa de antecipar tal avaliação, Temer tenta dar mais espaço ao PSDB no governo

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O cenário de agravamento da crise política no Palácio do Planalto e o choque entre o Judiciário e o Legislativo, além da crise econômica, que não dá sinais de recuperação, e a baixa popularidade do governo provoca desconforto em um dos mais importantes partidos da coalizão do governo Michel Temer.

Conforme conta reportagem do jornal Folha de S. Paulo, embora a determinação da cúpula do PSDB seja de manter apoio à gestão do peemedebista, já há quem cogite a possibilidade de mais um mandato encerrado de forma prematura, em função das possíveis denúncias que surjam com a delação da Odebrecht ou mesmo em caso de cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com a publicação, parlamentares tucanos já falam em março como data limite para que a economia mostre reação e Temer consiga atrair para si a imagem de presidente que colocou em ordem as contas públicas. Caso contrário, há quem cogite o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como opção em eventual eleição indireta.

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Em uma tentativa de antecipar tal avaliação, Temer tenta dar mais espaço ao PSDB no governo. De todo modo, a jornalista Marina Dias diz que o movimento não necessariamente é conspiratório e lembra que ao partido interessa que o governo tome todas as medidas impopulares que julgue necessárias para que a economia se recupere.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.