Trump e 17 estados apoiam Texas em processo na Suprema Corte dos EUA para reverter resultado da eleição

Todos os estados já certificaram seus resultados, mas a confirmação da eleição de Biden só irá ocorrer na reunião do Colégio Eleitoral na próxima semana

Rodrigo Tolotti

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

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SÃO PAULO – Dezessete estados informaram nesta quarta-feira (9) que apoiam o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, em um processo na Suprema Corte para tentar reverter a vitória do presidente eleito Joe Biden no Colégio Eleitoral, que se reúne na próxima semana.

Na véspera, Paxton pediu permissão para o Supremo dos Estados Unidos para processar a Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin por seus resultados eleitorais. Biden venceu em todas estas regiões.

Agora, apoiam também o processo os estados do Missouri, Alabama, Arkansas, Flórida, Indiana, Kansas, Louisiana, Mississippi, Montana, Nebraska, Dakota do Norte, Oklahoma, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Tennessee, Utah e Virgínia Ocidental.

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O atual presidente Donald Trump derrotou Biden no voto popular de todos esses estados. O republicano pediu ainda à Suprema Corte para se juntar ao esforço jurídico de Paxton.

Vale ressaltar que todos os estados do país já certificaram os resultados das urnas. Porém, nos EUA, esta é apenas uma formalidade e a eleição só é concluída quando o Colégio Eleitoral confirma os números, o que deve acontecer na próxima segunda-feira (14) – veja mais aqui.

A projeção é que Biden será confirmado eleito no encontro da próxima semana com 36 delegados a mais do que os 270 necessários para conquistar a Casa Branca.

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Paxton alega que as mudanças feitas pelos quatro estados processados para expandir a votação pelo correio em meio à pandemia do coronavírus foram ilegais. O pedido no Supremo é para que estes estados sejam barrados de votarem no Colégio Eleitoral.

Segundo o secretário de Justiça do Texas, os estados “encheram a população com cédulas ilegais” e ignoraram regras para a sua contagem. Apesar disso, ele não processou nenhum outro estado que tomou medidas parecidas, focando apenas em regiões que em 2016 elegeram Trump, mas que desta vez preferiram os democratas.

A procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, disse na terça-feira que o pedido de Paxton “é um golpe publicitário, não um apelo legal sério”.

“A erosão da confiança em nosso sistema democrático não pode ser atribuída ao bom povo de Michigan, Wisconsin, Geórgia ou Pensilvânia, mas sim a funcionários partidários, como Paxton, que colocam a lealdade a uma pessoa acima da lealdade a seu país”, disse Nessel em um comunicado.

“As questões de Michigan levantadas nesta reclamação já foram minuciosamente litigadas e totalmente rejeitadas nos tribunais estaduais e federais – por juízes nomeados de ambos os partidos políticos. As ações do Sr. Paxton estão abaixo da dignidade do gabinete do procurador-geral e do povo do grande estado do Texas”, conclui ela.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.