Temer minimiza pesquisa e diz que apoio a Dilma será extraordinário

Segundo Temer, hoje, no Brasil, temos tranquilidade institucional. Por outro lado, para o vice, para governar na democracia, é preciso ter governabilidade

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio à crise política e às polêmicas após a sua fala de ontem em que dizia “que é preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar”, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) contemporizou as suas falas da véspera durante palestra para universitários em Brasília.

Segundo Temer, hoje, no Brasil, temos tranquilidade institucional. Por outro lado, para o vice, para governar na democracia, é preciso ter governabilidade. “Nós temos uma estabilidade institucional extraordinária, temos tranquilidade institucional”. O vice afirma que a democracia vive da contestação e que “ela se acende dessa forma”. 

Sobre a popularidade da presidente Dilma Rousseff, Temer afirmou que essas avaliações são “cíclicas”. Segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje, feita nos dias 4 e 5 de agosto, 71% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 8% avaliam a administração da petista como ótima ou boa. “A pesquisa de hoje não será a de amnhã”, teria dito. 

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Temer ainda elogiou a presidente, dizendo que ela tem praticado os melhores gestos. “Ela reuniu governadores para revelar a função federativa, os próprios estados federados a reunir lideranças na Câmara, no Senado. Tem feito um trabalho excepcional para manter tranquilidade institucional no nosso país”, disse o vice-presidente. 

Ontem, visivelmente emocionado, tenso, longe do político formal e contido de seu habitual estilo, Temer foi direto ao ponto: “É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos e fazer este apelo, e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o País.”

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.