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SÃO PAULO – O presidente Michel Temer faz, nesta terça-feira (19), o discurso de abertura da 72ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, seguindo a tradição de o Brasil ser o primeiro a ter a palavra desde 1947. De acordo com o representante permanente do Brasil nas Nações Unidas, Mauro Vieira, entre os destaques do discurso deste ano devem estar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o Tratado para Proibição de Armas Nucleares, que deve ser ratificado por 26 países, entre eles o Brasil, nesta quarta-feira (20).
Será a segunda vez que Temer discursará na abertura do evento. No ano passado, ele reiterou o compromisso “inegociável” do país com a democracia, manifestou uma defesa à constitucionalidade do processo de impeachment que o levou ao comando do país e abordou alguns conflitos internacionais, como o de Israel e da Palestina e a guerra na Síria. Desta vez, o peemedebista subirá à tribuna após ser alvo de duas denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República — a primeira delas foi rejeitada pela Câmara e o processo somente será aberto após o fim de seu mandato, enquanto a outra ainda não foi encaminhada à casa legislativa pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal.
Acompanhe ao vivo o discurso de Michel Temer:
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Como foi no ano passado?
No ano passado, o peemedebista também discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU, poucos dias após ser efetivado na presidência com a confirmação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião, Temer ofereceu sinalizações sobre os novos rumos da política externa brasileira, com enfoque nas agendas econômica e comercial, mas também mantendo algumas agendas antigas do Itamaraty, como a cobiça por um assento permanente no Conselho de Segurança. Também constou como preocupação do presidente em sua fala defender a constitucionalidade do impeachment recém-ocorrido e advogar pela solidez das instituições brasileiras, além da venda de uma imagem otimista sobre a recuperação da economia do país. A ideia era mostrar que a página de um episódio complexo para a vida democrática brasileira havia sido virada. O objetivo de conferir ares de normalidade à conjuntura, na ocasião, contrastou com a reação de alguns líderes latino-americanos. Durante a fala de Temer, os presidentes de Costa Rica (Luis Guilhermo Solís), Venezuela (Nicolás Maduro), Equador (Rafael Correa) e Nicarágua (Daniel Ortega) abandonaram o plenário. Outros dois líderes — de Cuba (Raúl Castro) e Bolívia (Evo Moralez) — não chegaram a entrar no local. Na avaliação do analista político e internacionalista Pedro Costa Júnior, professor de Relações Internacionais e Economia da FACAMP (Faculdades de Campinas), Faculdades Integradas Rio Branco e ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), as falas de Temer evidenciaram o que se esperava de maior alinhamento político e comercial com os Estados Unidos e o norte global, em detrimento às políticas anteriores de cooperação sul-sul e desenvolvimento dos emergentes. (com Agência Brasil)
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