Temer anuncia reajuste médio de 12,5% para o Bolsa Família e R$ 700 milhões para educação

A elevação nos recursos do programa vem de antes de o peemedebista assumir o comando do país provisoriamente, quando o governo Dilma Rousseff disse que o valor médio do benefício pago para 13,8 mil famílias passaria de R$ 162 para R$ 176

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O presidente em exercício Michel Temer anunciou, na manhã desta quarta-feira (29), a liberação de R$ 700 milhões em recursos para a educação básica e superior, bem como um reajuste de 12,5% no Bolsa Família. A elevação nos recursos do programa são superiores aos 9% prometidos pelo governo Dilma Rousseff antes do afastamento. A folha de pagamento passará de R$ 2,23 bilhões para R$ 2,5 bilhões.

Em seu discurso, Temer ressaltou a importância das medidas e criticou o que chamou “alardes” que apontavam para prejuízo de direitos sociais durante sua gestão. O presidente interino destacou a recuperação de verbas na educação que, segundo ele, não alteram a meta orçamentária, além de 75 mil novas vagas abertas pelo Fies.

No campo social, ele reconheceu a importância de programas como o Bolsa Família, classificando-o como “fundamental” para o desenvolvimento do país. Temer também disse que tais políticas públicas devem ter um prazo. “O Bolsa Família não deve perdurar a vida toda, mas deve perdurar enquanto houver extrema pobreza”, declarou. O objetivo do peemedebista é que o programa se torne desnecessário na medida em que os objetivos estabelecidos pelas políticas de combate à pobreza sejam alcançados. 

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Antes do pronunciamento do peemedebista, o ministro da Educação, Mendonça Filho, iniciou seu discurso criticando a herança que teve que enfrentar na pasta, com um corte de cerca de R$ 6 bilhões, que, segundo ele, “significaria o comprometimento de ações estratégicas”, mas acabou com R$ 4,7 bilhões repostos em um ajuste mais moderado. O ministro disse que o gesto de injetar recursos nos níveis de educação básica e superior “consagra a política pública responsável de Michel Temer. Para que creches possam ser entregues e escolas, concluídas”.

Também discursou no Palácio do Planalto o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra. O titular da pasta disse que a área social não é responsável pelos problemas que levam ao ajuste fiscal. “A área social está cortada, vamos tentar recuperar”, afirmou. Segundo ele, não havia reajuste no Bolsa Família há dois anos e é possível que mesmo alguns beneficiários do programa estejam abaixo da linha da pobreza.

Na agenda de Temer consta reunião com o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP) e o diretor do Hospital do Câncer de Barretos (SP), Henrique Prata. Na sequência, o presidente interino se encontra com o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS).

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.