TCU abriu caminho para o impeachment de Dilma, afirma Financial Times

A decisão do Tribunal, aliada ao processo que pede a impugnação do mandato de Dilma e Temer podem ter força para tirar a presidente do poder, destaca a publicação

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff (PT) em 2014 também ganhou destaque na imprensa internacional. Nesta quinta-feira (8), o Financial Times destacou o fato deste ser a segunda frente em um processo que pode resultar na saída da presidente do poder.

A publicação lembra que um dia antes o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aceitou a denúncia do PSDB e reabriu uma ação que pede a impugnação dos mandatos da presidente Dilma e do vice Michel Temer por suposto abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.

Segundo o cientista político Sérgio Praça, da FGV do Rio de Janeiro, “esta decisão definitivamente irá liderar um processo de impeachment”. Porém, ele argumenta que ainda não existe apoio suficiente para uma decisão de impeachment contra Dilma. Lembrando que tal decisão exigiria dois terços da Câmara e do Senado para conseguir instaurar o processo.

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Praça afirma ao jornal que este seria um péssimo cenário para o País. “O resultado poderia ser o pior possível, que seria o de iniciar o processo de impeachment e, em seguida, arrastá-lo por meses enquanto Dilma permanece no cargo”, disse ele.

Por fim, o professor comenta sobre a influência do ex-presidente Lula nos bastidores políticos, tentando segurar Dilma no cargo diante da oposição crescente. Porém, Praça reforça o que poderia ser um resultado falho deste trabalho. “Se Lula era tão influente como ele diz ser ou pessoas afirmam que ele é, esta série de erros não teria acontecido”, conclui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.