Tarcísio sai em defesa de Bolsonaro: “Há uma narrativa que carece de provas”

Enquanto alguns aliados de Bolsonaro adotaram um tom mais crítico, o governador de SP buscou um posicionamento moderado, sem ataques diretos à PF ou ao STF

Equipe InfoMoney

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (21) após o ex-presidente ser indiciado pela Polícia Federal por crimes relacionados a um suposto golpe de Estado. Em declarações nas redes sociais, Tarcísio afirmou que “há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas” e pediu que a investigação revele “a verdade dos fatos”.

Enquanto alguns aliados de Bolsonaro adotaram um tom mais crítico contra as instituições envolvidas no inquérito, Tarcísio buscou um posicionamento moderado, sem ataques diretos à Polícia Federal ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele reforçou a importância de uma apuração responsável sobre as acusações contra o ex-presidente.

“O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, declarou o governador.

Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura durante o governo Bolsonaro, é considerado um dos principais nomes da direita para as eleições presidenciais de 2026. Apesar disso, tem indicado que prefere buscar a reeleição em São Paulo, onde sua candidatura seria mais segura.

Indiciamento e próximos passos

Jair Bolsonaro foi indiciado junto com 36 aliados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa. As penas máximas somadas para os crimes podem chegar a 28 anos. O inquérito será agora analisado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá se apresenta denúncia.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Gonet já decidiu que irá apresentar a denúncia, mas só o fará no ano que vem.

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Em entrevista recente, compartilhada em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que “é na PGR que começa a luta” e classificou o inquérito como resultado de “criatividade” por parte dos investigadores.