“Super Quarta”, regra de ouro e guerra comercial: o que você precisa acompanhar na próxima semana

O programa InfoMonday traz um resumo das principais informações que o investidor precisa ter antes de operar na próxima semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após mais uma semana de ganhos para o Ibovespa, favorecida pelo alívio externo, os próximos dias prometem grande agitação com a nova “super quarta” e a expectativa por corte de juros nos Estados Unidos e no Brasil. 

Na política, a atenção se volta para a discussão da regra de ouro, após o presidente da CCJ na Câmara, deputado Felipe Francischini, afirmar que só irá pautar o texto novamente quando o governo tiver o apoio necessário. 

A regra de ouro proíbe que as despesas de operações de crédito do governo superem as despesas de capital – investimentos e amortização da dívida. Neste ano, o Congresso teve que autorizar um crédito extra para contornar a regra, mas em 2020 o problema continua e está em R$ 367 bilhões.

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Além disso, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai conversar com Bolsonaro e ter novo nome para comandar a Receita Federal, depois da saída de Marcos Cintra, na próxima semana. 

A decisão é importante porque será uma demonstração de como o governo pretende organizar sua proposta de reforma tributária, que segue obscura principalmente por conta da CPMF, que foi o motivo da queda de Cintra. Os próximos dias podem ter sinalizações sobre as ideia do governo para encontrar outras opções de arrecadação. Confira esta e outras notícias, com os comentários da redação do InfoMoney, no programa InfoMonday, no vídeo acima. 

Para completar, o presidente Bolsonaro deve reassumir a presidência na terça-feira (17) após a interinidade do vice General Mourão ter sido prorrogada por quatro dias na quinta-feira.

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Super Quarta

A quarta-feira (18) será o principal dia da próxima semana, com a decisão do Fomc às 15h (horário de Brasília), e do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado. Em ambos os casos a expectativa é pelo corte das taxas de juros.

No primeiro caso, nos EUA, apesar de a cada novo indicador econômico e discurso de membro do Federal Reserve, a projeção do mercado é que o banco central americano irá reduzir os juros em 0,25 p.p., em meio à intensificação dos riscos ao crescimento global e local.

Dados do varejo de agosto e a melhora da confiança do consumidor nos EUA, divulgados nesta sexta-feira, fortaleceram a expectativa de que o Fed não deve seguir o caminho do BCE com um pacote muito flexível.

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Já por aqui, é praticamente unânime a visão dos analistas e investidores de que a Selic será cortada em 0,50 p.p., para 5,50% ao ano. Todas as 55 casas de análise ouvidas pelo Broadcast apontam no corte desta magnitude.

O destaque ficará para o comunicado, onde os investidores tentarão encontrar pistas sobre a continuidade destes cortes de juros. Com a economia ainda errática criando um entrave para repasse da desvalorização cambial na inflação, o mercado vai olhar atentamente o comunicado em busca de como o BC está vendo tudo isso.

Outros indicadores

Fora as reuniões de política monetária, a agenda ficará esvaziada, com atenção voltada para o mercado externo, principalmente à guerra comercial, após o sinal dos EUA de que podem aceitar um acordo temporário e a notícia de que a China poderia comprar produtos agrícolas americanos.

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Sobre o Brexit, apesar do Parlamento estar suspenso, o assunto segue fazendo barulho, com a reunião do primeiro-ministro britânico Boris Johnson com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na segunda- feira (16).

Ainda no exterior, a semana terá as decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE), que deve manter as taxas inalteradas, e também do Banco do Japão (BoJ). Saem ainda os dados de produção industrial e varejo na China.

A agenda doméstica traz a Pesquisa Focus na segunda-feira que pode chamar atenção nesta semana por contemplar se os dados acima do esperado do varejo e de serviços de julho tiveram potencial de segurar nova piora da expectativa para PIB deste ano.

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Além disso, saem as parciais de inflação do IPC-Fipe, IGP-10 de setembro e 2ª prévia do IGP-M. Por fim, há a expectativa de que seja divulgado o indicador de emprego do Caged, ainda sem data definida.

Clique aqui e confira a agenda completa de indicadores.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.