S&P trabalha com cenário de reeleição de Dilma, diz Luiz Mendonça de Barros

Agência de classificação de risco vê Dilma realizando uma política econômica mais racional em caso de vitória em outubro

Paula Barra

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SÃO PAULO – A Santandard & Poor’s participou nesta sexta-feira (19) de um café da manhã no UBS. Pelo conversado na reunião, a agência de classificação de risco parece bem confortável com a nota atual do Brasil (uma nota acima do grau de investimento) e trabalha atualmente com um cenário de reeleição de Dilma Rousseff em outubro, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso e chefe da Quest Investimentos, em sua conta no Facebook hoje. 

A S&P, que estava representada na reunião por Regina Nunes, CEO da agência para Brasil e América Latina, não enxerga o Brasil tão mal quanto a média dos analistas do País e trabalha com um cenário de vitória de Dilma em outubro, que realizaria uma política econômica mais racional, comentou Barros. Segundo ele, a agência não vê o Brasil caminhando para ser visto como pior do que Índia ou África do Sul, países com classificação de rating “BBB-” (mesma nota do Brasil).

Para Barros, uma eventual redução do rating só ocorreria se o País caminhar rapidamente para deterioração adicional. Isto é, mantida as condições atuais o rating “BBB-” é confortável. De acordo com ele, a S&P deixou bem claro que não está em discussão se o Brasil é grau de investimento hoje, só estará caso as condições macroeconômicas se deteriorem. 

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Segundo ele, o importante agora é que a expectativa não seja frustrada novamente (a S&P espera uma recuperação do superávit primário no próximo ano para 2% a 2,5%). Ou seja, superar essa expectativa contribuiria para a retomada da credibilidade perdida pelo Brasil nos últimos anos.