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SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi acusado pelo lobista Júlio Camargo, da Toyo Setal, de ter cobrado US$ 5 milhões por propina, o que deve fazer com que o peemedebista oficialize o rompimento com o governo.
Assim, o Planalto avalia que Cunha está chamando a presidente Dilma Rousseff e o PT “para a briga”, segundo informações do blog de Kennedy Alencar.
Contudo, segundo um ministro ouvido pelo jornalista, o governo evitará um choque com o presidente da Câmara, sendo mantido o discurso que tem sido feito em público por José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça: não devem ser feitos prejulgamentos, todos os acusados têm o direito à defesa e as acusações devem ser apuradas. O peemedebista diz que é vítima de complô.
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Segundo informações da Agência Estado, Cunha chegou por volta das 9h (horário de Brasília) de hoje à Câmara dos Deputados, dizendo poucas palavras aos jornalistas e limitando-se a dizer que vai separar alguns documentos e afirmou que deve falar com a imprensa ainda no final desta manhã.
Cunha afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a decisão sobre o rompimento se restringirá apenas a ele, apesar de ter uma enorme influência sobre a bancada do PMDB na Câmara. “Só posso falar por mim”, afirmou, dizendo que não tomará nenhuma “medida especial” contra o governo. Porém, fez mistério sobre se uma possível manifestação sobre o rompimento significaria que ele passaria a ser de “oposição”. “Falarei isso na coletiva”.