Sigilo telefônico de servidora da Receita suspeita de violar dados será quebrado

Dados fiscais de filha e genro de José Serra, além de mais quatro tucanos, foram acessados em computador de servidora

Publicidade

SÃO PAULO – Em mais um capítulo da polêmica da quebra de sigilo fiscal, a Justiça Federal de Brasília autorizou nesta quinta-feira (9) a quebra do sigilo telefônico de Adeildda Ferreira dos Santos, servidora de cujo computador foram acessados os dados fiscais da filha e do genro do tucano José Serra, além de mais quatro membros do PSDB.

A autoria do pedido foi da Polícia Federal, que pretende investigar os possíveis contatos que Addeillda teve no mesmo período dos acessos sem autorização. Assim, a PF irá analisar os extratos telefônicos da servidora entre agosto e dezembro de 2009, quando ocorreram as quebras de sigilo em Mauá.

Apesar da Receita Federal insistir na versão de que não há intenções políticas nas violações, o que poderia prejudicar a campanha de Dilma Rousseff à Presidência, a ligação com pessoas próximas ao PSDB se mostra relevante. Além de Veronica Serra e de seu marido, foram violados os sigilos fiscais de membros do alto escalão do partido, como Eduardo Jorge, Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Preciado.

Continua depois da publicidade

Nesta semana, o governo incluiu no processo administrativo que apura a quebra de sigilo o nome do empresário Alexandre Bourgeois, genro do presidenciável José Serra. O comando da Receita sabia dos acessos aos dados de Bourgeous desde 24 de agosto, quando foram elencados todos os CPFs acessados no computador de Addeilda no período investigado.