Senadores defendem redução do spread bancário durante reunião conjunta em Brasília

Média dos spreads brasileiros no último ano é 11 vezes maior do que a registrada em países desenvolvidos

Anderson Figo

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SÃO PAULO – Em reunião realizada nesta quinta-feira (19) em Brasília, membros do Senado pediram a redução no spread cobrado pelas instituições financeiras oficiais.

Para os senadores, uma diminuição do spread (diferença entre a taxa paga pelos bancos na captação de recursos e a taxa cobrada às pessoas que precisam de empréstimos) de empresas como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal será um primeiro passo para que instituições privadas façam o mesmo.

“Os bancos oficiais têm que dar o exemplo. Do contrário, os spreads bancários brasileiros continuarão a ser os mais altos do mundo, prejudicando toda a economia”, afirmou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

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Ainda durante a reunião conjunta da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e da chamada Comissão da Crise, o senador Jefferson Praia (PDT-AM) foi a favor da criação de grupos de trabalho para discutir mais profundamente a cobrança dos elevados spreads bancários no País.

Diferença

De acordo com números recentes do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a média dos spreads brasileiros de 34,88 pontos percentuais no último ano é 11 vezes maior do que a média registrada nos países desenvolvidos, de 3,16 pontos percentuais ao ano.