Sem doações de empresas, gastos de campanha caem 66% e cidades ficam mais limpas, segundo TSE

Novas regras eleitorais "secam" recursos dos candidatos, e campanhas somam "apenas" R$ 2,131 bilhões em gastos

Marcos Mortari

O ministro do STF, Gilmar Mendes (Divulgação)

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SÃO PAULO – O presidente do Superior Tribunal Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, informou que até o momento foram gastos R$ 2,131 bilhões em campanhas municipais na disputa eleitoral de 2016, número que leva em conta apenas doações por pessoas físicas, já que as empresas estavam proibidas de financiar candidatos nesta edição. Pelas normas do TSE, as campanhas têm até três dias para contabilizar as doações recebidas no ano.

Segundo o ministro, os gastos foram menores que os registrados nas eleições municipais anteriores, quando, com recursos empresariais, somaram-se R$ 6,240 bilhões movimentados. Além das campanhas modestas, Mendes chamou atenção para o fato de as cidades estarem mais limpas por conta dos recursos mais limitados das campanhas dos candidatos. O ministro reconheceu ainda a tendência de elevados índices de abstenção, segundo ele superando os 20%.

O TSE informou que até as 11h54, 1.675 urnas eletrônicas já haviam sido substituídas, número que equivale a 0,38% das 432.959 urnas disponibilizadas para este primeiro turno. Entre os municípios com identificação biométrica, 782 urnas foram substituídas, o que equivale a 0,369% do total. Ainda de acordo com o Tribunal, 60 candidatos foram presos, sendo 26 ocorrências em Minas Gerais.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.