“Se eu vim para promover o diálogo, saio agora para preservá-lo”, diz Palocci

Em discurso de despedida da Casa Civil, ex-ministro reitera sua honestidade e diz sair de "cabeça erguida" do governo

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SÃO PAULO – O ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, não se deixou abater em seu discurso de despedida nesta quarta-feira (10). Ele justificou sua saída à preservação do diálogo dentro do governo, e admitiu que a crise criada em torno da multiplicação de seu patrimônio entre os anos de 2006 e 2010 já prejudicava o andamento de seu ministério.

“Ocorre que o mundo jurídico não trabalha na mesma diapasão que o político. Ficar no governo com a permanência do embate político não permitiria que eu continuasse as atividades”, disse Palocci. 

O ex-ministro mostrou-se honrado em ter servido ao governo da presidente Dilma Rousseff e ao País. Ao mesmo tempo, reiterou sua honestidade perante as acusações de enriquecimento.”Trabalhei dentro da mais estrita regularidade, respeitando rigorosamente os padrões éticos que se impõem sobre os homens públicos”, declarou em cerimônia de transmissão de posse para a senadora Gleisi Hoffmann.

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“Saio de cabeça erguida”, diz Palocci
O ex-ministro prometeu fidelidade ao governo petista e disse não ter motivos para envergonhar-se de deixar o cargo. “Saio com paz de espírito, cabeça erguida, honrando o meu trabalho, a minha família e os meus companheiros”, afirmou Palocci.

Ele considerou acertada a escolha de Gleisi Hoffmann e desejou que a caminhada da senadora seja bem sucedida no Executivo. “Desejo sucesso à nova ministra Gleisi Hoffmann. Sei de sua capacidade. A postura firme de Gleisi no Senado comprova o acerto da escolha da presidenta”, concluiu.

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