Representantes de seis países deixam plenário em protesto contra Temer na ONU

Presidente da Costa Rica abandonou plenário contra Temer, sendo seguido por delegados de Equador, Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela

Equipe InfoMoney

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O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, abandonou hoje (20) o plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), em protesto contra o governante brasileiro Michel Temer, enquanto este fazia o discurso de abertura na 71ª Assembleia Geral da organização, em Nova York. A atitude foi seguida por delegados de Equador, Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela, que também deixaram o local.

Em comunicado oficial, o governo da Costa Rica, país latino que busca adotar uma política de neutralidade, afirmou que tem seguido rigorosamente todo o processo diplomático e político em curso no Brasil. Entretanto, de acordo com informações fornecidas pela embaixada no Brasil, está preocupado com a situação brasileira.

“Nossa decisão, soberana e individual, de não ouvir a mensagem do senhor Michel Temer na Assembleia Geral, obedece à nossa dúvida ante certas atitudes e atuações, e se pretende declarar sobre práticas democráticas”, diz nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica.

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O comunicado acrescenta que o país tem acompanhado os acontecimentos, especialmente os atos de violência ocorridos após o processo de impeachment que afastou a presidente Dilma Rousseff da chefia do governo.

Procurado pela Agência Brasil, o Itamaraty não se manifestou até a publicação da reportagem.

Discurso brasileiro

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Em sua fala, Temer reiterou o compromisso “inegociável” do Brasil com a democracia, citando, inclusive, o processo que resultou no impedimento da presidente Dilma Rousseff, feito, segundo ele, “dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional”.

Sobre a atual situação política brasileira, pós-afastamento de Dilma, Temer disse trazer às Nações Unidas uma mensagem de compromisso inegociável do país com a democracia. “O Brasil acaba de atravessar processo longo e complexo, regrado e conduzido pelo Congresso Nacional e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional.”

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