“Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”, diz Jaques Wagner sobre o PT

Para a Folha de S. Paulo, Jaques Wagner afirmou que seu partido “errou” ao não fazer a reforma política e ao “acabar reproduzindo metodologias” antigas da política brasileira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após entrevista para a rádio Metrópole, de Salvador, na semana passada, em que fez uma mea-culpa sobre erros do primeiro mandato do governo Dilma Rousseff que contribuíram para a crise atual, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, usou um tom parecido durante entrevista concedida à Folha de S. Paulo no último domingo. 

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Ao jornal, Jaques Wagner afirmou que seu partido “errou” ao não fazer a reforma política e ao “acabar reproduzindo metodologias” antigas da política brasileira, referindo-se ao fato de ser atingido em cheio pela Lava Jato. Ele afirmou que o PT, “não foi treinado para isto” e citou o ditado: “Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza”.

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Ao falar sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, Jaques ressaltou que o processo será enterrado logo na Câmara dos Deputados. “Não tenho dúvida de que a gente vai a 250, 255 votos [Dilma precisa de 171 votos para barrar o pedido de impeachment na Casa]”, ressaltou.

Segundo o ministro, a impopularidade atual da presidente é consequência “de que a gente teve que consertar medidas tomadas em 2013 e 2014, que tiveram seu lado positivo e, como tudo na vida, também consequências ruins. Mas nunca teve dolo”. Para ele, “a banalização do processo como recurso eleitoral é o ‘impeachment tapetão’, que não é com motivo, é para recorrer do jogo que perdi em campo”. 

O ministro ainda fez ressalvas à atuação do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, afirmando que o economista tinha uma obsessão pelo ajuste sem mostrar para onde o país iria. Agora, ele afirma, é preciso “modular” o ajuste com propostas que apontem para o desenvolvimento. Segundo Jaques Wagner, 2015 foi um ano “duro” e em 2016 não deve haver crescimento.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.