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SÃO PAULO – O Brasil fechou, na semana passada, um dos piores anos de crescimento econômico e o PT, da presidente Dilma Rousseff, veio com uma proposta de solução para os problemas do País: mais do mesmo.
É isso, que afirma o Financial Times em reportagem chamada, em tradução livre, de “Medo de Brasil revisitar políticas estatistas aumenta”, destacando a fala do presidente da legenda Rui Falcão, que atacou a alta dos juros e pediu subsídios para reativar a economia. “Particularmente preocupante para os investidores foi a implicação de que o partido iria tentar influenciar a política monetária do Banco Central do Brasil, que goza de autonomia informal”, afirma o jornal.
A publicação aponta que, para os investidores em Brasil, qualquer tentativa de rever as políticas estatistas do primeiro mandato de quatro anos de Rousseff seria desastrosa, lembrando que o País deve cair 3,71% no ano que passou e enfrentar sua maior recessão desde 1930.
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O FT aponta que “a desaceleração é um final brutal para o longo período de prosperidade que o Brasil desfrutou durante a primeira década deste século, quando o país parecia ter sacudido as crises econômicas do passado”, afirmou.
“É quase impossível bagunçar um país com o potencial do Brasil, mas estamos fazendo isso e nós temos o talento para fazê-lo”, disse Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Centro Internacional Woodrow Wilson.
A reportagem ressalta que, para conter o déficit orçamentário, que está em torno de 9% do PIB, Dilma Rousseff elegeu como ministro da Fazenda o “hawkish” Joaquim Levy, que ficou no cargo até o final do ano passado, sendo substituído por Nelson Barbosa, “visto como competente, mas que está mais alinhado à presidente”. Assim, as preocupações de que o Banco Central – a última linha de defesa contra a inflação – possa ser pressionado pelo PT aumentam.
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Alguns analistas destacam ainda que o PT pressiona os bancos estatais a emprestar mais como forma de estimular a economia sem usar diretamente o orçamento do governo. Porém, ressalta o jornal, outros acreditam que Dilma pode ou não oscilar mais para a esquerda dependendo do processo de impeachment. O processo pode levar meses, com início na Câmara dos Deputados e, em seguida, movendo-se para o Senado. A maior parte dos analistas acredita ser pouco provável que ela não consiga os votos de 171 deputados para encerrar o processo. Mas, até agora, a batalha tem sido bastante equilibrada.
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