Preso por morte de Marielle assumiu Polícia Civil no RJ um dia antes do crime

Barbosa foi nomeado pelo então Interventor Federal na segurança do Rio, o General Walter Braga Netto

Equipe InfoMoney

Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do RJ e preso por envolvimento na morte de Marielle Franco (Agência Brasil)

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O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro preso neste domingo (24) pelo envolvimento no assassinato de Marielle Franco, assumiu o cargo um dia antes do crime que resultou nas mortes da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Barbosa foi nomeado no dia 22 de fevereiro pelo então Interventor Federal na segurança do Rio, o General Walter Braga Netto, e tomou posse em 13 de março de 2018. No dia 14, Marielle foi assassinada.

“É um soco no estômago. É uma pessoa que a gente conversava [sobre as investigações]”, disse a irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em entrevista à CNN.

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A vereadora Monica Benicio (PSOL-RJ), viúva de Marielle Franco, também se mostrou surpresa com o envolvimento do delegado. “O nome de Rivaldo Barbosa sem dúvida nenhuma foi uma grande surpresa, em especial considerando que ele foi a primeira autoridade que recebeu a família no dia seguinte, dizendo que seria uma prioridade da Polícia Civil a elucidação desse caso”, declarou à GloboNews.

Nas redes sociais, o ex-deputado Marcelo Freixo, amigo pessoal de Marielle, disse que Barbosa foi a primeira pessoa para a qual ligou após a morte da parlamentar. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, disse.

Segundo o portal G1, as investigações apontam que Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do RJ já com a promessa para Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), também preso neste domingo, de que o assassinato da vereadora não seria apurado.

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Barbosa, Domingos e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), foram presos pela Polícia Federal, acusados de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle Franco, em março de 2018, e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. O atentado completou seis anos no último dia 14.

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