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Prejuízo on-line: crimes pela internet aumentam em número e variedade

Advogado recomenda aos usuários cautela, bom senso e busca por informações, para não ser vítima de golpes

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A ampliação do acesso à internet traz consigo dois movimentos significativos, porém, em rumos opostos. Se por um lado a inclusão digital vem aumentando e a população pode ter acesso a, literalmente, um mundo de informações, em contrapartida aumenta, também, o mau uso desta tecnologia. Portanto, o internauta deve ter, acima de tudo, cuidado e bom senso ao navegar, para não ser alvo das cada vez mais freqüentes ações criminosas.

Segundo o advogado Renato Opice Blum, os crimes na internet já geraram, desde 2002, cerca de 17 mil punições judiciais. “As pessoas estão ficando cada vez mais dependentes da internet. Isso é bom, mas acaba aumentando a quantidade e a gravidade das coisas erradas que se pode fazer por meio dela”, afirma Blum.

“Criatividade”

O advogado explica que vem havendo uma evolução nos tipos de crimes e fraudes cometidos online. No começo da década, quando o acesso era menos difundido, os crimes eram, em sua maioria, contra a honra. “Havia muitas ações por calúnia, injúria e difamações”, enumera Blum.

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Entretanto, nos últimos anos a variedade aumentou: “hoje em dia é comum ver processos por pedofilia, racismo, vazamento de informações confidenciais, dentre outros. Os criminosos podem ser muito criativo para elaborar golpes e fraudes via internet”, declara.

Fraude temática

Um dos exemplos de frutos desse processo criativo é citado pelo próprio Blum: “nesta semana, por ser véspera de eleições, recebi três e-mails dizendo que meu título de eleitor havia sido cancelado. O e-mail fornece um link para que o usuário possa acessar um site e regularizar seu documento”, conta.

Entretanto, o advogado alerta que se trata de um site falso, o qual contamina o computador do internauta com um vírus do tipo “cavalo de tróia”. Esse vírus permite ao criminoso ter acesso remoto ao computador infectado e, por meio desse acesso, pode haver roubo de informações, senhas bancárias, dentre outros.

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E as projeções para o futuro não animam. Para Blum, o quadro deve ficar ainda pior. “Quanto mais pessoas usarem a internet, maior é a tendência de que ela seja mal utilizada”, alerta.

Para que a evolução dos crimes possa ser contida, o advogado aponta duas ações que considera essenciais. “Em primeiro lugar, no âmbito corporativo, deve haver um maior controle dos e-mails, por exemplo, bem como o bloqueio de certos tipos de sites”, pois dessa forma se pode evitar a contaminação e disseminação de vírus nos computadores das empresas.

“Além disso, também deve haver repressão. Os usuários de internet devem saber que, se cometerem ações criminosas, terão responsabilidade civil sobre seus atos, respondendo a processos, ou outros tipos de punição”, defende Blum.

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Fique ligado!

Como dica para os usuários, Blum recomenta, acima de tudo, cautela. “Cautela e bom senso”, diz o advogado, para que o usuário possa julgar a procedência de sites e e-mails suspeitos. “Além disso, o internauta deve buscar informações, tantas quanto puder, para que aprenda a navegar bem protegido”.

Ele conclui recomendando aos internautas que acessem sites como o Navegue Protegido (www.navegueprotegido.com.br) para buscar mais conhecimentos sobre a segurança na internet.