Polícia Legislativa da Câmara vai propor mudanças na segurança da Casa

Uma das ideias é restringir a entrada principal do Congresso, chamada de Chapelaria, às autoridades. Hoje, ela é de acesso público, embora, após o 8 de janeiro de 2023, todas as entradas tenham detectores de metais e raio-x

Agência Câmara

Ataque ao Supremo Tribunal Federal (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
Ataque ao Supremo Tribunal Federal (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

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A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados pretende sugerir mudanças nos protocolos de segurança da Casa após as explosões ocorridas na quarta-feira (13) à noite, na Praça dos Três Poderes e proximidades. Mas já há um reforço da segurança.

Uma das ideias é restringir a entrada principal do Congresso, chamada de Chapelaria, às autoridades. Hoje, ela é de acesso público, embora, após o 8 de janeiro de 2023, todas as entradas tenham detectores de metais e raio-x.

De acordo com a Polícia Legislativa, o autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, entrou na Câmara pelo anexo IV às 8h15 de quarta-feira, entregou documento, passou pelo raio-x, foi ao banheiro e saiu novamente. 

O carro de Francisco com explosivos estava justamente no estacionamento público próximo ao anexo IV, onde está a maior parte dos gabinetes dos deputados.

Com auxílio da Polícia Militar de Brasília (DF), foi feita uma varredura na madrugada desta quinta-feira (14) nos locais por onde Francisco passou e nada foi encontrado. Pela manhã, foi feita uma varredura em todas as áreas comuns da Câmara e, com cães da Polícia Legislativa do Senado, uma busca no subsolo e no térreo do anexo IV.

Também nesta quinta pela manhã, ocorreram algumas explosões controladas no estacionamento público, duas em artefatos suspeitos, uma para abrir o carro de Francisco e outra para abrir um quiosque que ele alugou. Não foi encontrado nada no quiosque. Após essas medidas, os servidores e parlamentares puderam voltar ao trabalho ao meio-dia.

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Sessão do plenário

No momento das explosões, na quarta, estava acontecendo uma sessão de votação no plenário da Câmara que acabou sendo interrompida pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia os trabalhos. 

“Não é para alardear. Pode estar tudo sob controle lá fora. Só que eu vou pedir para que esteja aqui alguém da segurança para que eles possam passar as orientações corretamente, com as devidas técnicas, para que todos possamos estar seguros”, anunciou o deputado. 

Como deverão ser feitas novas varreduras preventivas, a visitação ao Congresso Nacional foi suspensa de 14 a 17 de novembro.

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Na Câmara, a pedido do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), foi cancelada uma sessão solene em homenagem aos advogados da União prevista para esta quinta. Nas comissões, foi mantida uma audiência pública sobre professores da educação infantil.

As investigações sobre as explosões ainda estão em andamento. A Polícia Legislativa trabalha em colaboração com as outras forças policiais.