PF apreende R$ 57 mil, prende um e conduz 15 para delegacia por crimes eleitorais

PF abriu cinco inquéritos para aprofundar indícios de delitos de propaganda irregular e compra de votos. As ocorrências foram registradas no Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro

Estadão Conteúdo

Agente da Polícia Federal (PF) em ação durante operação (Foto: Divulgação/PF)
Agente da Polícia Federal (PF) em ação durante operação (Foto: Divulgação/PF)

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A Polícia Federal (PF) já prendeu uma pessoa em flagrante e conduziu 15 investigados à delegacia por crimes eleitorais cometidos neste domingo (27), segundo turno das eleições municipais.

Agentes apreenderam R$ 93,6 mil. A PF abriu cinco inquéritos para aprofundar indícios de delitos de propaganda irregular e compra de votos — enquadrada como corrupção eleitoral. As ocorrências foram registradas nos estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins e Rio de Janeiro.

Ao todo, desde o início das ações contra crimes eleitorais — incluindo o começo da campanha, em agosto, e o primeiro turno –, até a manhã deste domingo, a PF apreendeu R$ 54,9 milhões, sendo R$ 24,08 milhões em espécie.

O diretor-geral da PF disse que as ações da ocorrem com “absoluta tranquilidade” PF em razão do trabalho preventivo realizado pela corporação. Apontou ainda a necessidade de avanço das estratégias de combate à compra de votos operacionalizada através do saque de dinheiro em espécie. A PF fechou um acordo com o Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para fechar o cerco ao saque de dinheiro para corrupção eleitoral.

O início das atividades da corporação no segundo turno é mais sossegado em relação ao primeiro, quando apreendeu R$ 960.096,00 sendo R$ 300.935 em espécie. No dia 6, primeiro turno, a PF conduziu 161 pessoas, abriu 58 inquéritos, lavrou 113 termos circunstanciados e registrou 74 flagrantes.

Foram realizadas ao todo 87 prisões, 77 de eleitores e 10 de candidatos, Também foram registradas três tentativas de homicídio, uma delas em um local de votação, indicou o Ministério da Justiça.

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A PF colocou nas ruas mais de seis mil agentes que buscam coibir compra de votos, aliciamento de eleitores e outros crimes eleitorais. A corporação também usa drones para monitorar áreas críticas de crimes de boca de urna e compra de votos.

Às vésperas do pleito, a PF manifestou preocupação com o “aumento da difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral, o uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em propagandas, a violência política, especialmente a violência de gênero, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos”.

Durante a semana que antecedeu o segundo turno, uma das maiores apreensões realizadas pela PF ocorreu em Niterói, quando os investigadores prenderam dois em flagrante por transportarem R$ 500 mil em espécie.

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O dinheiro foi encontrado em uma mochila dentro de um carro de uso exclusivo do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio de Janeiro na quinta-feira (24). No veículo, havia ainda um revólver carregado e santinhos de campanha eleitoral para prefeito.

Em Manaus, nas vésperas do pleito, a PF prendeu dois pastores por suposta compra de votos. Os agentes apreenderam com a dupla R$ 21,6 mil após receberem denúncia de uma convocação para reunião na igreja da zona norte da capital manauara restrita aos que votam na cidade.