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SÃO PAULO – Passada a definição do TRF-4 sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado entrou em um ritmo de forte euforia, mas que passará por duros testes nos próximos dias. Como qualquer alta acelerada, o Ibovespa tenderá a ter uma correção em um futuro próximo, e uma série de eventos e indicadores podem acabar “ajudando” neste cenário.
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Já na próxima semana, o mercado começará a ter os primeiros sinais de como fica a disputa eleitoral agora que Lula teve sua condenação confirmada (mesmo acabendo diversos recursos ainda), com a divulgação de duas pesquisas eleitorais, Datafolha e Ipsos entre terça e quarta-feira.
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A pesquisa Datafolha para presidente foi contratada pela própria Folha de S.Paulo e registrada no TSE em 25 de janeiro, com divulgação prevista para o dia 31, quarta-feira. Já a Ipsos tem divulgação prevista para a sua primeira pesquisa eleitoral para o próximo dia 30 de janeiro, terça-feira.
Esses levantamentos serão os primeiros que trarão um termômetro sobre o cenário eleitoral após o ex-presidente Lula, líder nas últimas pesquisas eleitorais, ter sido condenado em segunda instância. Os principais pontos para ficar atento são: se o petista conseguirá manter o seu patamar de intenção de voto nas pesquisas após a condenação (era de 34% segundo o Datafolha de dezembro) e quem seria o principal beneficiário em simulações com Lula fora das eleições.
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Outro evento importante para se ficar atento é a temporada de resultados corporativos do quarto trimestre. Já são cinco empresas com balanços agendados entre segunda e quarta-feira, são elas: Fibria (FIBR3), Santander (SANB11), Badesco (BBDC4), Cielo (CIEL3) e Klabin (KLBN11). Apesar do ritmo ainda fraco, a temporada tem não só efeito direto sobre as ações, mas também na percepção dos investidores sobre a melhora do cenário econômico como um todo.
Calendário de eventos
Para esta semana de virada de mês, a agenda de indicadores também será bastante movimentada, em especial nos Estados Unidos, com dados importantes para o futuro da política monetária do Federal Reserve. No Brasil, além dos dados fiscais e de desemprego, saem números da produção industrial e da balança comercial, todos referentes a dezembro e ao fechamento do ano de 2017.
Na segunda-feira (29) será divulgado, nos EUA, o PCE, um dos dados de inflação mais importantes para o Fed em sua busca pela meta de 2%. A expectativa dos analistas compilados pela Bloomberg é que o dado fique em 0,2% no mês, o que levaria a taxa anualizada para 1,57%.
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Já na quarta-feira (31), o Fomc se reúne para decidir a taxa de juros do país. O mercado espera que a taxa fique estável no intervalo de 1,25% e 1,50% ao ano, mas a expectativa mesmo é pelo comunicado pós-decisão, que pode trazer novas informações sobre o ritmo de altas esperado para 2018. Por ora, tanto a maioria dos membros do Fomc como o mercado esperam três altas de juros ao longo deste ano.
Se por um lado o bom crescimento econômico e a baixa taxa de desemprego sugerem um viés de alta para tal projeção, a manutenção da inflação abaixo da meta de 2,0% reforça a gradualidade do processo de elevação dos juros, afirmam os analistas da GO Associados.
Ainda nos EUA, na sexta-feira (2), serão divulgados os dados do relatório de emprego, outro indicador bastante acompanhado pelo Fed para tomar suas decisões. O mercado seguirá atento ao ritmo de criação de vagas, que dá o tom sobre a temperatura da economia, e sobre o crescimento dos salários, para identificar uma possível pressão inflacionária.
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No cenário doméstico, na terça-feira (30), a Secretaria do Tesouro Nacional informa o resultado fiscal de dezembro do governo central, que inclui o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência. Analistas consultados pela Bloomberg esperam um déficit primário de R$ 24,9 bilhões no mês, levando o resultado anual para R$ 127,9 bilhões.
Para a GO, caso o número se concretize, ficará bem abaixo da meta de déficit de R$ 159 bilhões, refletindo o forte controle de despesas discricionárias feito pelo Tesouro ao longo do ano, da melhora da arrecadação de impostos no fim do ano e da entrada de receitas extraordinárias com leilões de infraestrutura.
Já na quarta-feira, o IBGE divulga o resultado de dezembro da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). A taxa de desemprego deve registrar nova queda, de 12,0% para 11,9% no trimestre encerrado em dezembro, segundo a Bloomberg. A continuidade da recuperação do mercado de trabalho em dezembro reflete tanto a sazonalidade favorável do período como a recuperação da atividade.
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Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.
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