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SÃO PAULO – O Partido Liberal-Democrata (PLD), do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, não conseguiu se manter no poder após as eleições deste domingo (29).
Os resultados das eleições realizadas para renovar metade do Senado do país deram a liderança para o Partido Democrático (PD), opositor ao atual governo, que conquistou 60 cadeiras. O PLD obteve 37 lugares, mas poderá contar com as nove cadeiras conquistadas pelo Novo Komeito, que apóia o Executivo de Abe.
Das 121 cadeiras em jogo, o PLD tinha anteriormente 64 e o Novo Komeito 12, contra 32 do PD.
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Renúncia
Apesar da derrota, o primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou que continuará no cargo. Em declaração, Abe afirmou que o resultado foi muito duro, mas que ele continuará na missão de construir uma nova nação.
O premiê disse ainda que fará mudanças em seu gabinete depois da realização de uma sessão especial do Parlamento.
Hidenao Nakagawa, vice-líder do PLD, optou pela renúncia após saber da derrota de seu partido. Abe só não foi obrigado a renunciar porque o partido não encontrou ninguém disposto assumir sua posição neste momento.
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Eleitos e não-eleitos
O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que concorria a uma das cadeiras no parlamento japonês, não conseguiu se eleger. Apesar de ter conquistado 51.612 votos e ter sido o 4º entre os 14 candidatos do Novo Partido dos Cidadãos (NPC), sua legenda não conseguiu votos suficientes para elegê-lo.
A destaque dessa eleição foi das mulheres que ocuparão 26 cadeiras no Senado, o equivalente a 21,5% dos lugares disponíveis. No último pleito, em 2004, apenas 15 candidatas haviam se elegido.
A participação dos japoneses nesta eleição subiu 2% em relação a votação anterior, contando com a presença de 58% dos quase 100 milhões de japoneses que têm direito ao voto.