Para PSD, recuo na Previdência alivia pressão na base aliada

"Facilitou bem a pressão e a discussão nas nossas bases. A questão dos professores, a aposentadoria rural, que é uma base grande que temos no interior. Vejo com muito otimismo. É imprescindível que se faça a reforma. Essas mudanças não tiram a linha dorsal do projeto, não é tão dura como estava, o que facilita bem", ressaltou Marcos Montes 

Estadão Conteúdo

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Líder do PSD na Câmara, quinta maior bancada da Casa, o deputado Marcos Montes (MG) considerou nesta segunda-feira, 10, que o recuo do governo na discussão da reforma da Previdência diminuirá a pressão sofrida pelos deputados da base aliada nos redutos eleitorais.

Em meio à falta de avanços nas discussões da proposta e com receio de derrota na Câmara, a cúpula do Palácio do Planalto anunciou na semana passada que aceitaria flexibilizar a proposta em cinco pontos. Entre elas a regra de transição, pensões, aposentadorias especiais, aposentadoria rural e o benefício da prestação continuada.

“Facilitou bem a pressão e a discussão nas nossas bases. A questão dos professores, a aposentadoria rural, que é uma base grande que temos no interior. Vejo com muito otimismo. É imprescindível que se faça a reforma. Essas mudanças não tiram a linha dorsal do projeto, não é tão dura como estava, o que facilita bem”, ressaltou Montes ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Segundo ele, a bancada deve se reunir nesta segunda e terça-feira para discutir as alterações atendidas pelo governo com maior profundidade.

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Apesar de ressaltar a importância da proposta, o líder do PSD defende que a reforma trabalhista, discutida em comissão especial da Câmara, seja votada antes da Previdência.

“É uma opinião pessoal que vou defender. Acho que primeiro deveríamos votar a reforma trabalhista, porque ela vai mais ao encontro de um imediatismo de geração de emprego. A reforma da Previdência, além de ser mais polêmica, engloba mais gente. Se tirar essa reforma trabalhista primeiro, você isola um pouco a discussão na base. Na hora que mata a trabalhista, a da Previdência fica mais madura, mais pura, conseguimos separar mais o viés ideológico”, defendeu.

A reforma trabalhista se tornando prioridade na Câmara pode, contudo, adiar a votação da Previdência para o segundo semestre. Algumas lideranças ouvidas pela reportagem consideram que tal medida poderá inclusive dificultar a votação das mudanças sugeridas pelo governo para a aposentadoria. O cálculo feito é de que quanto mais se avança no calendário, mais próximo os deputados estarão das próximas eleições.

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“Não vejo problema votar no segundo semestre. Além disso, já estamos dentro do calendário eleitoral. E, com essas mudanças que foram feitas sabiamente pelo presidente Temer, acho que dá tempo para assimilar mais, tempo de explicar mais a reforma da Previdência”, considerou Montes.

Questionado se o partido na Câmara irá fechar uma posição a favor da reforma da Previdência, o líder do PSD afirmou: “Não posso dizer que vamos fechar questão, mas vamos ter maioria”.

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