Publicidade
(Bloomberg) – Processo de impeachment de Dilma deve se acelerar e presidente deve ser afastada em maio, com Temer assumindo num cenário de transição de 2 anos e meio, com mais prós do que riscos, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. Veja principais trechos da entrevista por e-mail:
- Cenário político:
- “Depois de ontem já é possível começar a trabalhar com cenário sem a presidente”, que não tem mais “capacidade de aglutinar nenhuma força a seu redor”
- “Temer estaria mais preparado para isso agora e poderia montar uma agenda mínima de negociação com o Congresso e uma equipe mais coordenada, com viés mais reformista”
- Riscos para Temer podem existir, “mas não dá para saber como será com um novo governo totalmente diferente e não se sabe ainda exatamente o que tem nas delações sobre o vice. Isto está muito em aberto ainda”
- PSDB deve fazer composição como PMDB para “um mínimo de governabilidade”
- “Há tempo hábil ainda de consertar os estragos feitos e isso poderá ajudar e muito a quem for eleito em 2018”
- Eleição 2018 “será a mais competitiva desde 1989
- ‘‘Candidatos mais tradicionais podem continuar tendo espaço, com situação mais estabilizada”
- “Se a crise estiver muito profunda em 2018 poderia haver espaço para aventuras”
- “Nomes como Álvaro Dias, Cristovam Buarque, Ciro Gomes, Ronaldo Caiado ou Jair Bolsonaro podem virar competidores, mas o receio de um novo 89 ou uma Dilma pode afugentar esse tipo de aventura. Mas, pelo que vimos nos últimos dois anos, não parece haver nada impossível de acontecer no País”
- Lava Jato:
- Não reflui; “difícil imaginar os procuradores, PF e juízes estancando o processo pela simples saída da presidente”
- “As delações dessas últimas semanas devem trazer complicações adicionais”
- Cenário econômico:
- “Para a economia muda radicalmente o sentido de desaceleração”
- “A queda que vimos hoje do IBC-Br de pouco mais de 8% tenderia a se reverter no 2º semestre, mas não há tempo de mudar completamente a trajetória deste ano”
- “Consolida, assim, a queda de 3,8% no PIB que esperamos, mas evita um desastre maior”
- “2017 que seria um ano bem melhor, com volta do crescimento, ainda que anêmico, dado que o ajuste que terá de ser feito trará dores em um primeiro momento”
- “Basta pensar no desastre fiscal em que estamos e medidas adicionais de contenção de despesas e aumento de receitas que precisarão ser feitas”
- NOTA: MB Associados prevê +0,6% para PIB em 2017 com viés de alta
- Maior mudança seria no câmbio
- “Sem risco de a presidente continuar, não devemos ver mais o câmbio caminhar para o patamar de R$ 5,00”
- “Pelo contrário, a visão é de apreciação um pouco a mais do que temos hoje, podendo chegar em um momento mais positivo às vésperas da decisão política em algo como R$ 3,3”
- “Mas não deve ficar aí, pois o 2º semestre deverá dar a sinalização do que será a política fiscal”
- “Como não será um trabalho fácil, a tendência é que o câmbio acabe ficando próximo dos R$ 3,4 a R$ 3,5”
Esta matéria foi publicada em tempo real para assinantes do serviço BloombergaProfessional.
Especiais InfoMoney:
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Como o “trader da Gerdau” ganhou meio milhão de reais na Bovespa em 2 meses
InfoMoney faz nova atualização na Carteira Recomendada de março; confira
André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.