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SÃO PAULO – O Ibovespa, que renovou recordes e superou os 94 mil pontos no último fechamento na contramão do mau humor internacional, deve ter uma ajuda extra para manter o otimismo. Nesta terça-feira (15), as bolsas globais operam em alta com medidas tomadas pela China a despeito das preocupações com o Brexit.
Já por aqui, novas sinalizações sobre o rumo da reforma da Previdência devem sustentar o patamar positivo por aqui no dia da terceira reunião ministerial de Jair Bolsonaro.
Veja no que ficar de olho nesta terça-feira (15):
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1. Bolsas mundiais
Os índices das bolsas asiáticas encerraram em alta com os investidores em ritmo de espera pela votação do Brexit e com a preocupação com a desaceleração econômica da China ainda no radar. Contudo, o temor foi atenuado com as medidas anunciadas para estimular a economia do gigante asiático.
Autoridades econômicas da China informaram que vão reduzir impostos, intensificar gastos em infraestrutura e melhorar condições de crédito para pequenas empresas com o objetivo de ajudar a combater a maior desaceleração econômica do país desde a crise financeira de 2008. Economistas estimam que Pequim estabelecerá uma meta de crescimento de 6% a 6,50% para este ano.
As bolsas europeias também operam em alta de olho no gigante asiático e à espera de votação do Brexit, que deve ter como desfecho uma dura derrota para a primeira-ministra britânica Theresa May. Parlamentares de seu próprio partido e da oposição estão divididos sobre o acordo e podem impor ao governo a maior derrota só sofrida em décadas no Parlamento. Se o cenário for confirmado, May terá três dias para apresentar outra proposta. As saídas incluem ainda a votação de um novo referendo ou até mesmo novas eleições para primeiro-ministro.
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O prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia é 29 de março, mas há sinais de que será adiado para que os parlamentares entrem em um acordo. Embora não haja consenso sobre o acordo proposto por May, a maior parte dos parlamentares querem evitar que o Reino Unido deixe o bloco econômico sem nenhum tipo de acordo sobre as futuras parcerias legais e econômica. Vale lembrar que, hoje, a União Europeia é responsável por quase metade das exportações do Reino Unido.
A valorização das bolsas mundiais contagia o mercado em Wall Street e os índices futuros operam em alta. O preço do petróleo também sobe.
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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 8h01 (horário de Brasília):
*S&P 500 Futuro (EUA) +0,22%
*Dow Jones Futuro (EUA) +0,30%
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*Nasdaq Futuro (EUA) +0,36%
*DAX (Alemanha) +0,38%
*FTSE (Reino Unido) +0,32%
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*CAC-40 (França) +0,41%
*FTSE MIB (Itália) -0,19%
*Hang Seng (Hong Kong) +2,02% (fechado)
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*Xangai (China) +1,36% (fechado)
*Nikkei (Japão) +0,96% (fechado)
*Petróleo WTI +0,79%, a US$ 50,91 o barril
*Petróleo brent +0,83%, a US$ 59,48 o barril
*Bitcoin US$ 3.631 +2,01%
R$ 14.100 +4,85% (nas últimas 24 horas)
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,59%, a 512,00 iuanes (nas últimas 24 horas)
2. Reforma da Previdência
O presidente Jair Bolsonaro deve ser o garoto-propaganda para explicar à população os principais pontos da reforma da reforma da Previdência. A popularidade em alta do presidente é uma dos principais trunfos do governo para garantir a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) já no primeiro semestre do ano.
Enquanto isso, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, saiu a campo e se reuniu com os especialistas que vão integrar o conselho consultivo que será criado pelo governo para discutir as mudanças nas regras de pensão e aposentadoria do País.
O secretário ouviu de alguns conselheiros uma defesa para que essa transição seja mais curta do que os 20 anos da proposta do ex-presidente Michel Temer, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Há quem defenda que essa transição seja de pelo menos oito anos e de no máximo 14 anos.
A estratégia traçada pelo governo é só revelar o conteúdo da emenda aglutinativa que modificará a proposta de Temer no plenário da Câmara. O cronograma previsto é que a apresentação ocorra já na primeira semana de fevereiro.
A avaliação é de que a apresentação da proposta em primeira mão aos parlamentares é uma “deferência” ao Legislativo e reforça o compromisso do governo com o sigilo necessário para que o novo texto não fique exposto às críticas antes mesmo de ser apresentado. A expectativa é de que em 40 dias após sua apresentação a emenda possa ser votada em primeiro turno na Câmara.
As regras de aposentadoria dos policiais militares dos Estados podem ficar atreladas às das Forças Armadas, segundo o Estado de S. Paulo. O pedido partiu das próprias corporações e está sendo analisado pela equipe econômica, que tem defendido a inclusão de todas as categorias na reforma da Previdência. Os militares, tanto das Forças Armadas quanto dos Estados, haviam ficado de fora da proposta apresentada pelo ex-presidente Michel Temer.
Hoje, cada Estado tem regras próprias para a aposentadoria dos PMs. A categoria é uma das que mais pesam nas contas dos governos estaduais, junto com os professores. Segundo dados do Tesouro Nacional, os policiais aposentados representam, em média, 15% dos inativos nos estados.
3. Agenda econômica
Às 9h (de Brasília) serão divulgados os números das vendas no varejo no Brasil. A expectativa mediana da Bloomberg é crescimento de 1% em novembro ante mesmo mês de 2017 e queda de 0,4% em comparação a outubro.
Nos Estados Unidos, serão divulgados o índice Empire de manufatura referente a janeiro e o PPI, às 11h30.
Clique aqui para conferir a agenda completa de indicadores.
4. Noticiário político
O presidente Jair Bolsonaro assina hoje, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o decreto que flexibiliza a posse de armas, informou a Casa Civil. O texto regulamentará a posse de armas de fogo no país, uma das principais promessas de campanha do presidente da República.
O decreto refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro não será incluído no texto. A previsão é que seja facilitada a obtenção de licença para manter armas em casa. Os detalhes do decreto, entretanto, não foram divulgados pela Casa Civil.
A assinatura do decreto será logo depois da reunião ministerial, que Bolsonaro passou a fazer todas as terça-feiras, às 9h (de Brasília) no Planalto, desde que assumiu o poder em 1º de janeiro.
5. Noticiário corporativo
>> A Petrobras informou que possui interesse em exercer o direito de preferência em 3 blocos da 6ª rodada de licitação sob o regime de partilha da produção. Os blocos de interesse são Aram, Norte de Brava e Sudoeste de Sagitário, como operador e com percentual de 30%.
O valor correspondente ao bônus de assinatura a ser pago pela companhia, considerando que o resultado do leilão confirme apenas a participação indicada, é de R$ 1,8 bilhão.
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) entrou com uma ação civil pública contra o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, por improbidade administrativa, pela nomeação do capitão-tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Nagem como novo gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa, informou o órgão sindical em nota.
>> O empresário Rubens Menin, fundador e presidente do conselho da MRV Engenharia, a maior incorporadora do país, vai lançar a versão brasileira do canal americano de notícias CNN. Ele disse ao jornal Valor Econômico que serão contratadas 800 pessoas, sendo 400 jornalistas.
>> A Suzano Papel e Celulose e a Fibria informaram a conclusão da fusão entre as duas companhias, anunciada março do ano passado. A última etapa da operação foi realizada na segunda-feira após a Suzano ter efetuado o pagamento de R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria, que passaram a deter participação na Suzano, nova marca da empresa.
>> O Bolsonaro deve assinar hoje às 11h o decreto que facilita a posse de armas. O texto não muda a lei, mas sua regulamentação. Além disso, trata da posse e não do porte, facilitando ter uma arma em casa, não carregá-la. A notícia pode impactar as ações da fabricante de armas Taurus (ex-Forjas Taurus).
>> O Cade aprovou sem restrições a aquisição de controle pela Vale da São Bento, São Galvão e Santo eloy, atualmente detidas pelo FIP Salus e pela Ventos de São Januário. Os requerentes afirmam que a operação é uma “boa oportunidade para a Vale expandir seus ativos de geração de energia, em especial no segmento de geração eólica”.
>> A Sanepar informou que o diretor de investimentos da companhia, Joel de Jesus Macedo, vai acumular a diretoria financeira e de relações com investidores até a eleição dos novos titulares. Na última sexta-feira (11), o conselho da Sanepar destituiu a diretoria e elegeu um novo CEO.
>> A Klabin está negociando um crédito bancário de US$ 1,1 bilhão para o prazo de 5 anos. De acordo com o jornal Valor Econômico, o objetivo é fazer um refinanciamento de passivos. O custo da operação será de 1,35% mais a taxa Libor e será divida em duas linhas: uma de US$ 600 milhões via pré pagamento de exportação e outra de US$ 500 milhões na modalidade de crédito rotativo.
>> O governo brasileiro está tentando convencer a União Europeia a não sobretaxar o aço brasileiro. Segundo o jornal O Globo, a UE alega que as indústrias locais sofrem com a concorrência dos produtos importados e anunciou que pretende aplicar salvaguardas a todos os países exportadores. O parlamento europeu deve votar sobre a proposta nesta semana.
(Com Agência Estado)
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