Oposição espera por sinal do PMDB para deflagrar pedido de impeachment, diz jornal

Segundo a coluna da Folha, deputados do DEM e do PSDB avaliam que o vice-presidente Michel Temer ter se afastado da articulação política é um passo nessa direção, mas insuficiente para o processo ser deflagrado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio as indicações de que os partidos de oposição apoiarão um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e já tem até montada uma estratégia para tanto, os entusiastas do processo avaliam que não tem como dar sequência ao pedido sem um sinal claro do PMDB de que trabalhará pela saída de Dilma, segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo

Segundo a coluna, deputados do DEM e do PSDB avaliam que o vice-presidente Michel Temer ter se afastado da articulação política é um passo nessa direção, mas insuficiente para o processo ser deflagrado.

A oposição vê risco de que, no momento em que a articulação precise se tornar pública, muitos dos que trabalham nos bastidores recuem. Os defensores do impeachment acham que podem prescindir de Renan Calheiros (PMDB-AL). Eles argumentam que o processo começa na Casa e a sessão no Senado é comandada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). 

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De acordo com a mesma coluna, a decisão de Temer sobre antecipar ou não o congresso do PMDB que discutirá a saída do PMDB do governo, marcada para novembro, é vista como a chave para indicar se Temer passará a “conspirar” pelo impeachment. 

O vice-presidente anunciou no início da semana a decisão de deixar o dia a dia da articulação política. Ele destacou que continua na articulação, mas com outra formatação. Segundo ele, a conclusão das votações das medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional motivou a mudança no perfil de sua atuação, que começa agora uma segunda fase.

“Passamos essa primeira fase do ajuste fiscal, o governo teve as vitórias necessárias e agora estamos numa segunda fase da coordenação política, fase na qual me encontro, que é exatamente aquela na qual vamos continuar trabalhando na relação com o Congresso Nacional, na relação com o Judiciário, na relação com os estados. Na verdade vamos continuar trabalhando pela boa ordenação econômica, social e política do nosso país. Continuo nesta articulação, formatada desta outra maneira”, explicou.

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200 votos pró-impeachment
Já em matéria do Valor Econômico, destaque para a notícia de que, segundo a avaliação de dirigentes partidários, líderes do Congresso Nacional e Palácio do Planalto, o risco da presidente sofrer impeachment está afastado, o que explica o esboço da reação da presidente para anunciar o corte dos ministérios, cargos comissionados e a promessa de reforma ministerial.

Em meio ao ambiente político mais desfavorável, a oposição adiou a decisão sobre o rumo a ser seguido. Aécio Neves (PSDB-MG) e lideranças do PSDB e DEM fizeram as contas e viram 200 votos pró-impeachment; são necessários 342.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.