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SÃO PAULO – Ao jornal Folha de S. Paulo, Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff não está na pauta do seu partido, mas defendeu os seus correligionários que têm falado sobre o assunto.
“Desconhecer que há um sentimento de tamanha indignação na sociedade é desconhecer a realidade”, disse ele, mas destacando que não vê “hoje elementos jurídicos ou políticos para um pedido de impeachment”.
“Não está na pauta do nosso partido, mas não é crime falar sobre o assunto, como fez o senador Cássio Cunha Lima”, defendeu Aécio, referindo-se à discussão que Cunha Lima (PSDB-PB) e Lindbergh Farias (PT-RJ) tiveram ao falarem sobre um suposto impeachment da presidente.
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Para ele, Dilma “foi covarde” ao terceirizar explicações sobre as medidas que adotou na economia, escolhendo uma pessoa fora do seu círculo, “que provavelmente nem votou nela”, para assumir as decisões.
E criticou a presidente: “ela se escondeu. Essa covardia abriu espaço para crescer o sentimento de que a presidente mentiu na eleição”, o que se refletiu na sua queda de popularidade mostrada pelo Datafolha.