Ministros das Finanças do G20 fracassam em chegar a comunicado final conjunto no Brasil

Brasil preside o G20 atualmente e prepara um resumo para apresentar ao final do encontro, que ocorre em SP

Equipe InfoMoney

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em reunião no G20 (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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Os líderes financeiros dos principais países do G20 não conseguiram chegar a um consenso em torno de um comunicado conjunto, em meio a profundas divisões sobre como abordar conflitos geopolíticos. O Brasil é o atual presidente do G20, por isso está se preparando para apresentar um resumo ao final das conversações nesta quinta-feira (29).

Em coletiva de imprensa ao final do evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que “os conflitos que estão em curso” foram responsáveis pelo impasse. Disse também que não foi possível chegar “nem que fosse uma nota sucinta, sobre um tema, para que nós pudéssemos soltar o comunicado [final]”. “Chegou uma hora que o impasse era tão pequeno que dizia respeito a uma palavra”, afirmou Haddad, sem dizer qual seria.

Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países que compõem o G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana) se reuniram nesta semana em São Paulo, no Parque Ibirapuera, para debater temas da Trilha de Finanças.

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O Brasil tentou costurar um acordo para um comunicado final, mas países do G20 estão profundamente divididos em relação à guerra da Rússia na Ucrânia e aos ataques de Israel a Gaza, o que criou o impasse. Houve uma tentativa infrutífera de mencionar os riscos de fragmentação e conflitos globais em termos gerais, mas omitindo qualquer referência direta às guerras, mas não se chegou a um consenso.

Segundo a Reuters, as autoridades brasileiras anfitriãs do evento tentaram concentrar as conversações na cooperação econômica para lidar com questões como mudança climática e pobreza, mas países como a Alemanha pressionaram por uma declaração conjunta que mencionasse as guerras na Ucrânia e em Gaza.

Tributação internacional

“Havíamos nutrido a esperança de que temas mais sensíveis, como geopolítica, fossem debatidos no encontro de chanceleres”, afirmou Haddad na coletiva, mencionando a reunião realizada no Rio de Janeiro na semana passada, em que também não houve consenso. O ministro, no entanto, disse que “os temas propostos pelo Brasil foram bem recebidos”, ressaltando que “o tema da desigualdade foi muito valorizado” e que “a questão da tributação internacional vem avançando muito”.

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Mais cedo, Haddad havia anunciado que a presidência brasileira do G20 buscará construir uma declaração sobre tributação internacional até a reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais de 25 e 26 de julho, marcada para o Rio de Janeiro. “Consultaremos todos os membros e trabalharemos em conjunto para termos um documento equilibrado, porém ambicioso, que reflita as nossas legítimas aspirações”, disse o ministro da Fazenda na sessão sobre tributação internacional do G20.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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