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SÃO PAULO – Com o governo afirmando oficialmente que não considera realizar um aumento nos combustíveis, a Petrobras (PETR3; PETR4) estaria analisando a possibilidade de realizar um aumento de capital para reforçar o seus resultados. A informação é da coluna de Claudia Safatle, do Valor Econômico.
De acordo com a matéria, existem três opções para que a companhia consiga melhorar o seu balanço: um aumento do preço dos combustíveis; cancelamento de bilhões de dólares em projetos de novas refinarias; ou então aumentar o capital, ou utilizando R$ 15 bilhões de bônus de assinatura que o governo deve receber com a venda do campo e Libra, em outubro, ou então por meio de recursos provenientes da reabertura do REFIS (programa federal de renegociação de impostos atrasados).
Para a equipe de análise da Citi Corretora, liderada por Pedro Medeiros, as chances de realmente ocorrer um aumento de capital são baixas, e que a solução dos problemas da petrolífera teria que abordar a geração de fluxo de caixa da empresa, o que necessariamente envolveria um aumento dos preços de combustíveis.
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Além disso, eles afirmam que a volta desta discussão aumenta a percepção de risco em relação às ações da Petrobras já que o governo não está disposto a tomar medida agressivas nos preços dos combustíveis por causa da inflação e pelo risco de um impacto negativo na popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Por fim, a equipe da corretora que existem dois cenários para um possível aumento de capital da Petrobras. No primeiro, ocorreria uma oferta onde apenas o governo participaria aos preços atuais. Enquanto em um segundo cenário, ocorreria uma oferta pública de R$ 32 bilhões, com o governo subscrevendo a totalidade dos seus 46% de capital da empresa e os minoritários participando com os outros R$ 17 bilhões. Em qualquer um dos cenários, apenas o aumento de capital não seria suficiente para estancar estruturalmente a deterioração do balanço da empresa, avaliam os analistas da corretora.
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