Mercadante defende investimento na indústria: “Temos de enfrentar complexo de vira-lata”

Em discurso durante a posse de Ricardo Cappelli como presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), presidente do BNDES defendeu o Nova Indústria Brasil, programa lançado em janeiro

Equipe InfoMoney

O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) em coletiva de imprensa (Foto: Juca Varella)

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta quinta-feira (22) que o Brasil vive um ambiente econômico favorável ao desenvolvimento da política industrial, com bons indicadores macroeconômicos.

“Temos que proteger o mercado. Senão, não tem industrialização como o mundo está vendo”, defendeu em discurso durante a posse de Ricardo Cappelli como presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), realizada no Ministério do Planejamento. “Temos de enfrentar o complexo de vira-lata”, afirmou Mercadante, destacando que um país que conta com a Embraer, com atuação relevante no mercado de aeronaves, precisa fortalecer a indústria.

Assim como Capelli, Mercadante defendeu o Nova Indústria Brasil (NIB) e argumentou que o programa de reindustrialização lançado pelo governo federal em janeiro deste ano está alinhado com o que é hoje praticado na América do Norte, especialmente nos Estados Unidos.

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O NIB oferece subsídios, empréstimos com juros reduzidos e ampliação de investimentos federais, além de incentivos tributários e fundos especiais para estimular a indústria nacional. A maior parte dos recursos, R$ 300 bilhões, virá por meio de financiamentos do BNDES, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Os financiamentos do BNDES destinados à inovação serão corrigidos pela Taxa Referencial (TR), que é mais baixa que a Taxa de Longo Prazo (TLP).

A defesa do programa foi a tônica do discurso de posse de Cappelli, já que a ABDI será responsável por monitorar parte do cumprimento de metas da NIB. O programa será conduzido pelo Ministérios de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério do Planejamento e Orçamento, BNDES e a Finep.

“Precisamos fazer com que o setor público perca o medo de investir em inovação”, disse Cappelli sobre o que será um dos pilares do NIB. Outra tese do novo presidente da agência é a de que as compras públicas como política de desenvolvimento industrial são eficazes. “Um relatório publicado pelo FMI em janeiro mostra que os países que mais fazem esse tipo de política estão na América do Norte”, disse.

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Capelli é formado em Jornalismo, com especialização em Gestão Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A carreira na vida pública começou quando trabalhou com o então governador do Maranhão, Flávio Dino, que assume hoje como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a ida de Dino para Brasília, Ricardo Cappelli foi nomeado secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Nos primeiros dias da gestão, foi nomeado interventor de segurança pública do Distrito Federal em razão dos atos violentos de 8 de janeiro de 2023.

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(Com Estadão Conteúdo)

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