Marqueteiro de Dilma sabia que dinheiro tinha origem ilegal, diz PF

"João Santana e Mônica tinham conhecimento da origem espúria dos recursos. Eles sabiam que não era um mero caixa 2", disse o delegado Filipe Hille Pace

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Mais recente denunciado pela Operação Lava Jato, o publicitário João Santana, responsável pelas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014), sabia que o dinheiro depositado em suas contas no exterior tinha origem ilegal, segundo a Polícia Federal.

“João Santana e Mônica tinham conhecimento da origem espúria dos recursos. Eles sabiam que não era um mero caixa 2. […] Eles tratavam diretamente com uma pessoa que era representante e operador de propina na Petrobras”, afirmou o delegado Filipe Hille Pace. Ele e sua mulher estão fora do país, trabalhando na campanha de reeleição do presidente Danilo Medina, da República Dominicana.

Foram identificadas transferências em um total US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões), feitas por empresas investigadas pela Lava Jato para a offshore Shellbill Finance S.A., que pertence a João Santana. Os investigadores chegaram a esses valores por meio de informações obtidas com o Citibank de Nova York.

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 “Os extratos do Citibank fazem clara referência que esses depósitos eram feitos com base em contratos falsos para justificar remessa de dinheiro”, afirmou o delegado. É possível que essa quantia seja maior já que os dados são parciais, segundo a PF. “Esperamos ainda que venham novas informações do Citibank de Nova York”, disse Pace.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.