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O ministro Alexandre de Moraes determinou à Polícia Federal (PF) que envie ao Supremo Tribunal Federal (STF) todos os relatórios e laudos periciais de objetos apreendidos na Operação Murder Inc, que investiga a “autoria intelectual” dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A decisão atende a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) durante as audiências de instrução do processo aberto contra os supostos mandantes das execuções. Marielle e Anderson foram assassinados a tiros em 2018.
Na semana passada, o Tribunal do Júri do Rio sentenciou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz – que confessaram os crimes – a penas de 78 anos e 59 anos de prisão, respectivamente.
O despacho de Moraes foi publicado nesta segunda-feira (4), no bojo da ação em que são réus o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil fluminense, delegado Rivaldo Barbosa.
No último dia 29, terminou a fase de interrogatório dos réus e testemunhas do caso. Os três negam qualquer envolvimento na morte de Marielle e de Anderson.
Moraes deu cinco dias para as partes se manifestarem sobre a necessidade da realização de diligências. A PGR pediu os documentos sobre as apreensões realizadas em março, na operação que levou Rivaldo e os irmãos Brazão à prisão. O pedido foi deferido na última quarta-feira (30).
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A investigação
O processo sobre os supostos autores intelectuais da morte de Mariellle e Anderson entra em uma nova fase em meio à condenação dos executores da vereadora e do motorista.
Foi a delação de Ronnie Lessa que colocou a PF no encalço dos irmãos Brazão e de Rivaldo. À época, a corporação informou ter encontrado ‘indícios eloquentes de autoria imediata’ da ordem de assassinato da vereadora Marielle Franco. Os irmãos são apontados pela investigação como mandantes do crime. O delegado é suspeito de ter dado proteção aos dois.
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Segundo a PF, a possível motivação do crime seria o obstáculo que a vereadora representava para os interesses “escusos” da família Brazão, supostamente ligados à milícia e à exploração de terras griladas no Rio.
A corporação afirma que os “autores intelectuais” do assassinato de Marielle contrataram dois serviços para o crime: a execução em si e a “garantia prévia da impunidade”, missão confiada a uma quadrilha supostamente comandada pelo delegado Rivaldo Barbosa.
(Com Estadão Conteúdo)