Mantega defende pluralidade no FMI e recebe canditado mexicano a sucessão

Presidente do Banco Central do México surge como opção a Lagarde mas ministro da fazenda evitar declarar sua preferência

Publicidade

SÃO PAULO – O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (25) que o próximo diretor geral do FMI (Fundo Monetário Internacional) precisa ter compromisso com uma agenda de reestruturação e ampliação do espaço dos países emergentes no órgão, independentemente de quem seja escolhido para o cargo.

Por ora, a ministra de finanças da França, Christine Lagarde, segue como favorita, sendo inclusive apoiada por líderes de peso como a chanceler alemã Angela Merkel, porém outros nomes como o do presidente do Banco Central do México, Agustin Carstens, correm por fora.

Em busca de apoio, Carstens virá ao Brasil na próxima semana para conversar com Mantega, o que pode representar a chegada de um representante de um país emergente ao cargo mais alto do FMI, tradicionalmente ocupado por um europeu em razão de um acordo tácito desde sua fundação.

Continua depois da publicidade

Brasil ainda não tem favorito
“A partir da explicitação de seu compromisso é que nós poderemos tomar uma posição”, comentou Mantega, que se esquivou de explicitar sua preferência, reiterando que a agenda do próximo diretor é o mais importante. 

Por fim, o ministro sugeriu que o candidato escolhido tenha um mandato apenas complementar ao do ex-diretor Dominique Strauss-Khan, que se encerra no final de 2012, e que aí então haveria a escolha de um novo diretor ou a manutenção do mesmo por mais um mandato.

Tópicos relacionados