Maioria vê economia como principal problema do Brasil, mas está mais otimista, diz pesquisa

Tema liderou as preocupações do eleitorado ao longo de todo o primeiro ano de mandato de Lula, mas 55% apostam em melhora em 2024

Marcos Mortari

Lula e Fernando Haddad visitam a Unicamp, em Campinas, e conversam com estudantes (Foto: Ricardo Stuckert)

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A última rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2023 mostra que a Economia continua apontada pelos brasileiros como o principal problema do país durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (20), 25% dos entrevistados destacam o tema quando são perguntados. Na sequência, aparecem Saúde (14%), questões sociais (13%), corrupção (12%) e violência (10%).

A Economia liderou as preocupações de parcela majoritária da população durante todo o ano, mas nesta edição da pesquisa recebeu seu menor volume de menções. Nos últimos dois levantamentos, realizados em agosto e outubro, ela era apontada por 31% dos entrevistados como o principal problema brasileiro.

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A sexta edição da pesquisa Genial/Quaest mostrou, por outro lado, que 34% dos brasileiros com idade para votar avaliam que a economia melhorou nos últimos 12 meses. Outros 31% pensam o contrário e apontam piora, enquanto 33% não veem grandes mudanças nesta seara.

Para 55% dos entrevistados, a economia brasileira deverá melhorar no próximo ano − alta de 5 pontos percentuais em comparação com o último levantamento, realizado em outubro. Outros 25% esperam uma piora nos indicadores, enquanto 16% não acreditam em alterações mais significativas de cenário. Dois meses atrás, esses dois grupos respondiam, respectivamente, por 28% e 18% da amostra.

Em relação à inflação, o grupo de eleitores que perceberam aumentos nas contas, nos alimentos e nos combustíveis no último mês somou 58%, 48% e 36%, nesta ordem. Entre aqueles que votaram em Lula no segundo turno, a expectativa majoritária (38%) é que a inflação mantenha estabilidade. Já entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), as apostas são de alta nos preços (73%) ao longo dos próximos meses.

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A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.012 eleitores entre os dias 14 e 18 de dezembro. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas conduzidas face a face, através da aplicação de questionários estruturados.

O nível de confiança do levantamento é de 95% − o que significa dizer que, se ele tivesse sido realizado mais de uma vez dentro das mesmas condições e período de coleta, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro do limite da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.