Lula permitiu que bilhões fossem desviados, diz Procuradoria; para petista, “PowerPoint contra-ataca”

Segundo Procuradoria da República no Paraná, ex-presidente comandava "estrondoso esquema criminoso"

Mário Braga

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SÃO PAULO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou um “estrondoso esquema” de corrupção que resultou no desvio de bilhões de reais para PT, PP e PMDB, segundo a Procuradoria da República no Paraná. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o Ministério Público Federal (MPF) aponta o petista como “o maior responsável pela consolidação, desenvolvimento, e operação do grande esquema de corrupção” investigado pela força-tarefa de Curitiba e o acusa de enriquecimento ilícito, corrupção e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo os investigadores, Lula não só liderou o esquema criminoso como se beneficiou dele de forma direta, tanto por meio do recebimento de propinas como pelo consequente fortalecimento político, já que o dinheiro de propina desviado para campanhas eleitorais lhe garantia governabilidade no Congresso para aprovar medidas de interesse do governo. Segundo a acusação, a Odebrecht repassou R$ 75 milhões ao esquema que Lula liderava.

Além do ex-presidentem, também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva, acusados de lavagem de dinheiro.

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Outro lado
Em nota intitulada “O Power Point contra-ataca”, publicada em uma rede social, a defesa do petista afirma que após não obterem sucesso na acusação relacionada ao tríplex no Guarujá, “os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras”.

O texto afirma que o apartamento a que se refere a nova acusação – uma unidade no mesmo andar em que Lula vive em São José dos Campos – apenas é alugado pelo petista, e o terrno mencionado pelos investigadores “não é, nem nunca foi, do Instituto Lula”.

A nota descreve a denúncia como “uma vingança contra a atuação dos advogados de Lula” e um “festival de ilegalidades. “A denúncia repete maluquices da coletiva do Power Point; atropela a competência do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República ao fazer conclusões precipitadas sobre inquérito inconcluso na PGR; quer reescrever a história do País para dizer que todos os males seriam culpa de Lula”, diz o texto.

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Segundo a defesa, “mesmo com uma devassa completa na vida de Lula, não encontraram nenhum desvio de conduta do ex-presidente” e afirmam que os procuradores têm motivação política para agir. “Os procuradores da Lava Jato não se conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República. Para a Lava Jato, esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula reincida nessa ousadia”.

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