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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, questionou, nesta quinta-feira (31), a atuação das polícias do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, enquanto apresentava a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar o modelo de segurança pública no país.
Inicialmente, Lewandowski disse que o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, só foi solucionado após a Polícia Federal (PF) entrar no caso. O ministro criticou a polícia do Rio de Janeiro por não ter resolvido o caso antes.
“Por cinco anos, e me desculpe o governador Cláudio Castro, a polícia do Rio de Janeiro demorou e não elucidou [o crime]. A valorosa e combativa Polícia Federal entrou com sete homens e desvendou esse lamentável crime”, afirmou o ministro.
Castro, que estava presente na reunião, reclamou, ao que o ministro da Justiça respondeu: “Mas não é crítica. Estamos colaborando muito proximamente. Agora o Mario Sarrubbo foi ao Rio de Janeiro a seu pedido. Estamos em pleno diálogo”, completou.
Em seguida, o ministro defendeu que, caso houvesse uma Polícia Ostensiva Federal no desenho previsto na PEC da segurança pública, a invasão de 8 de janeiro de 2023 aos prédios dos Três Poderes não aconteceria. Ele ressaltou que a PF identificou “graves falhas” na atuação da Polícia Militar do Distrito Federal no caso.
“A Polícia Ostensiva Federal poderá, conforme se dispuser em lei, exercer policiamento ostensivo na proteção de bens, serviços e instalações federais. Presidente, se tivéssemos em 8 de janeiro de 2023 uma Polícia Ostensiva Federal, não teria ocorrido a invasão nas sedes dos Três Poderes. Nós dependemos da Polícia Militar do Distrito Federal. Sem nenhuma crítica, mas a PF terminou o inquérito com relação a esse assunto e chegou à conclusão de que houve graves falhas por parte desta honrada e valorosa corporação do Distrito Federal”, concluiu Lewandowski.
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(Com Estadão Conteúdo)