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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, criticou nesta terça-feira (9) a inação de governadores diante do avanço da criminalidade. Durante audiência pública na CPI do Crime Organizado, o ministro respondeu a uma cobrança do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e afirmou que os líderes estaduais não estão fazendo “nada” no combate à criminalidade em seus estados.
A crítica ocorreu após Lewandowski ser cobrado pelo senador por ações federais mais efetivas contra o problema. Para ilustrar a questão, do Val relatou um episódio de violência doméstica ocorrido no Espírito Santo.

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Em resposta, o ministro afirmou que o combate à criminalidade comum não é atribuição do governo federal. No entanto, Lewandowski disse que o governo “não se furta a enfrentar esse problema”, apesar da escassez de recursos.
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“Eu devolvo a pergunta a Vossa Excelência e pergunto o seguinte: o que os governos estaduais estão fazendo para combater a criminalidade? Qual foi o governo estadual que resolveu o problema da criminalidade comum ou organizada? Nada, nada, nada”, afirmou.
Lewandowski acrescentou que a inércia não é culpa exclusiva de “governador A, B ou C”, mas resultado de problemas estruturais e históricos relacionados ao avanço desmedido do crime organizado.
O ministro aproveitou a oportunidade para solicitar o aumento de verbas destinadas à segurança pública e a aprovação de projetos que fortaleçam a atuação federal contra o crime, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública.
“Estamos de mãos absolutamente amarradas. Outro dia, numa discussão ministerial no governo, mostrei esses dados pífios do ponto de vista de investimento em segurança, mas é algo que não é deste governo, vem de muito tempo atrás, porque segurança sempre foi um tabu, ninguém quer investir em segurança, não dá votos, lamentavelmente, não dá prestígio, segurança, sobretudo em presídios”, apontou Lewandowski a Marcos do Val.