João Santana: Lula e Dilma sabiam de caixa 2 na Odebrecht; a “palavra final” era do ex-presidente

Segundo o marqueteiro, embora o ex-ministro Antônio Palocci tivesse um papel preponderante nos acertos, "tudo sempre dependia da 'palavra final do chefe'", em referência a Lula 

Paula Barra

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SÃO PAULO – O marqueteiro João Santana declarou, em depoimento prestado em delação premiada, que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam do uso de caixa dois na Odebrecht para pagamentos de dívidas eleitorais das campanhas presidenciais do PT. Segundo ele, os pagamentos dependiam da “palavra final do chefe” em referência ao petista. 

Em anexo de delação premiada, ele cita que falou diversas vezes com Lula e Dilma quando necessitava fazer cobranças. “Nessas oportunidades, tanto Lula como Dilma se comprometeram a resolver o impasse e, de fato, os pagamentos voltavam a correr. Tanto os pagamentos oficias, quanto os recebimentos de valores através de caixa 2”, informou o marqueteiro. 

No depoimento, Santana relata que em dois momentos da campanha de reeleição de Lula diz ter sido ameaçado interromper os trabalhos em razão de inadimplência. Depois disso, o petista pressionou o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que “colocou a empresa Odebrecht no circuito”.

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Segundo ele, embora Palocci tivesse um papel preponderante nos acertos, “tudo sempre dependia da ‘palavra final do chefe'”, em referência a Lula. 

Embora tenha tido que nunca participou das discussões finais de preços e contratos, Santana contou que participou dos encaminhamentos iniciais e decisivos com Palocci e, nesses encontros, ficou claro que Lula sabia de todos os detalhes, de todos os pagamentos por fora recebidos pela Pólis, empresa do marqueteiro, porque o ex-ministro sempre alegava que as decisões finais dependiam da “palavra do chefe”. 

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