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SÃO PAULO – Um comitê de emergência, criado pelo governo, recomendou que a punição em casos de maus tratos (ijime) nas escolas japonesas seja aplicada não só aos alunos, mas também aos professores que se omitem. A proposta faz parte de um conjunto de medidas lançadas para combater a onda de abusos nas escolas e de suicídios entre jovens.
O comunicado divulgado pelo comitê sugere ainda que os colégios aumentem o número de psicólogos e requisitem maior participação dos pais e da comunidade local, além de transmitirem a idéia aos alunos de que ser omisso – e não denunciar – é o mesmo que ser responsável por um caso de mau trato.
Abusos motivam suicídios
Para o comitê, formado por 17 especialistas e liderado pelo prêmio Nobel de Química, Ryoji Noyori, maus tratos em escolas “são atos anti-sociais que não podem ser tolerados” e que necessitam de punições claras.
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Todas as conclusões do grupo foram apresentadas na última semana ao primeiro-ministro Shinzo Abe, cuja administração tem sido duramente criticada por não solucionar o problema de violência escolar e do aumento de suicídios de jovens.
O Japão possui a maior taxa de suicídio entre os países industrializados, com cerca de 35 mil casos por ano. Em 2005, 608 japoneses com menos de 20 anos se mataram, dos quais 71 alegaram como motivo “problemas no colégio”.
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