Hugo Motta diz que vitória de Trump “causa momento de euforia” na direita brasileira

Questionado se esse resultado poderia ter algum impacto concreto na comissão que avalia a anistia aos processados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Hugo Motta (Republicanos-PB) se esquivou

Estadão Conteúdo

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) pode suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) pode suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, afirmou, nesta quarta-feira (6), que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos “causa um momento de euforia” nos movimentos de direita para as próximas eleições.

Motta, no entanto, evitou comentar se o resultado eleitoral nos EUA poderia levar a uma pressão a favor da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.

Para o líder do Republicanos no Câmara, a vitória de Trump “causa um ânimo maior aos movimentos de direita no país”.

“As pautas dos movimentos de direita no mundo são bastante conectadas. Quando há, de qualquer líder político em um país amigo ou vizinho, a concepção de que houve uma vitória do pensamento que elas defendem, causa um momento de euforia para o próximo período eleitoral do país. É natural”, afirmou. 

Questionado se esse resultado poderia ter algum impacto concreto na comissão que avalia a anistia aos processados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Motta se esquivou.

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“A condução da comissão deve começar nos próximos dias. A comissão vai trabalhar com serenidade e fazer o trabalho que tem que ser feito para debater um tema importante como esse”, garantiu Motta. 

O deputado avaliou, no entanto, que nada deve mudar na relação comercial do Brasil com os EUA, apesar das posições diferentes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Donald Trump no espectro ideológico.

“Acredito que seja o momento em que o Brasil precisa se consolidar cada vez mais em suas relações internacionais. Não acredito que o país comprometa suas relações com os EUA por uma questão política ideológica. Sempre defendemos que o interesse do país está acima de qualquer interesse partidário. O Brasil saberá se posicionar através do Itamaraty”, concluiu.