Publicidade
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que não sabe se há tempo hábil para o governo anunciar nesta semana o conjunto de medidas para controle de gastos públicos, ressaltando que a apresentação será feita quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizar.
Em entrevista a jornalistas, o ministro afirmou que o impacto fiscal do pacote será expressivo, argumentando que a ideia é fazer rubricas do Orçamento se enquadrarem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal.
Corte de gastos: Analistas projetam pacote de Haddad em R$ 30 bilhões
Especialistas ouvidos no Barômetro do Poder apontam medidas prováveis a serem anunciadas pela área econômica do governo Lula
Lira se reunirá com Haddad para discutir corte de gastos
Assessoria de Lira informou que conversa acontecerá hoje após às 14h
“Mais do que o número, que é expressivo, mais do que o número, que na opinião da Fazenda reforça o nosso compromisso de manter as regras fiscais estabelecidas desde o ano passado, mais do que isso é o conceito que nós utilizamos para fazer prevalecer essa ideia de que as rubricas devem todas elas, na medida do possível, ir sendo incorporadas a essa visão geral do arcabouço para que ele seja sustentável no tempo”, disse.
Aprovado em 2023, o arcabouço fiscal permite que os gastos primários do governo federal cresçam no máximo 2,5% acima da inflação por ano, respeitando um ritmo de até 70% da alta das receitas.
O ministro disse ter discutido nesta quarta linhas gerais das iniciativas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de debater medidas específicas com o Ministério da Defesa. Segundo ele, o governo está avaliando se consegue incluir mais medidas no pacote a ser enviado ao Congresso Nacional.
De acordo com o ministro, uma nova reunião sobre o tema deve ser feita por Lula ainda nesta quarta.